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Afluência dos portugueses aos supermercados atinge nível mais baixo de 2020 depois de decretado estado de emergência

Por a 31 de Março de 2020 as 13:40

retalhoA afluência dos portugueses aos supermercados caiu para os níveis mais baixos de 2020 depois de decretado o estado de emergência em Portugal. A ida às lojas, a 22 de março, ficou 42% abaixo da média diária anual, segundo um estudo da Centromarca, realizado em conjunto com a Kantar.

Nos dias anteriores a essa data, quando o acesso às lojas foi restringido, a afluência aos supermercados começou a diminuir, mas registando-se um aumento das cestas de compras. “Quando comparadas as cestas de compra pré e pós-Covid-19, nas duas primeiras semanas, a aquisição de produtos frescos, como fruta, verduras e carne, foi altamente prioritária”, refere Marta Santos, manufacturers sector director da Kantar.

Os consumidores portugueses deram assim prioridade a produtos como grão, feijão, farinhas, peixes e legumes em conservas e massas, Arroz, azeite, vinagre, sal, açúcar, bolachas e produtos congelados seguiram-se como os produtos mais procurados pelos portugueses. Os produtos de limpeza e de higiene também se destacaram.

Após o registo de um pico de deslocação às lojas ocorrido a 3 de março, quando foram confirmados os primeiros casos de Covid-19 em Portugal, a segunda semana de março ficou marcada por alterações na aquisição de produtos de grande consumo, sobretudo depois de o novo coronavírus ter sido declarado, a 11 de março, como pandemia pela Organização Mundial de Saúde.

A ida aos supermercados, entre 11 e 14 de março, registou um aumento significativo, tendo a afluência estado 24% acima da média diária de 2020. “Com um maior número de recomendações para a permanência em casa, os portugueses aumentaram consideravelmente o tamanho da cesta por compra, sendo que desta vez o alvo principal foram os produtos de limpeza, mas também a procura pelo armazenamento alimentar, tendo sido registado um aumento do número de produtos comprados de 49% e de 37%, respetivamente, acima da média ‘pré-Covid-19’”, salienta Marta Santos.

Recuando a 3 de março, logo após serem confirmados os primeiros casos em Portugal, o estúdio indica que se registou a maior a afluência às lojas em 2020, estando a presença de compradores 51% acima da média verificada ao longo do ano. “Um cenário bastante atípico, em especial por se tratar de um dia de semana, deixando bem marcada a preocupação dos portugueses face à ameaça do vírus”, afirma Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca.

De salientar que, até ao final da primeira semana de março, a prioridade dos portugueses foi a aquisição de produtos de higiene para o lar e para o cuidado pessoal, com um aumento de 23% e 22%, respetivamente. Houve, ainda assim, um aumento de compras de produtos alimentares.

Entre 3 e 8 de março, conforme dados do estudo, registou-se, no geral, um crescimento de 19% do número de produtos comprados para o lar. “Nas quatro semanas que se seguiram à confirmação dos primeiros casos de Covid-19 em Portugal, foi notória a alteração na forma como os portugueses realizaram as suas compras. Neste curto espaço de tempo, passaram de compradores com rotinas de elevada ‘consistência’ para compradores com reações de ‘contingência’”, explica, por fim, Pedro Pimentel.

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