Surto do Covid-19 coloca setor imobiliário de retalho sob “forte” pressão para redução de rendas
A paragem da atividade económica coloca o setor imobiliário do retalho, “em que os centros comerciais se vêm obrigados a fechar”, assim como o de escritórios, debaixo de uma “pressão forte de redução de rendas”, antevê Nelson Rêgo, CEO da Prime Yield, braço da empresa de analítica e consultoria para o setor imobiliário Gloval.
“Antevemos um período de ajuste em baixa das rendas contratadas em ambos os segmentos, bem como períodos de carência por paragem de atividade”, dá conta o responsável, numa nota enviada esta quinta-feira às redações.
Nuno Rêgo estima também que nos investimentos em carteiras de crédito malparado (NPL – Non Performing Loans) e em carteiras de ativos próprios (REO – Real Estate Owned Assets) deve-se assistir a um “adiamento da transação das grandes carteiras, visto que o cumprimento dos rácios por parte dos bancos será relegado para segundo plano”.
O surto do Covid-19 acarretará uma “repercussão negativa inequívoca” para o mercado imobiliário, mas o responsável acredita que a “viragem de página desta crise poderá ser mais rápida do que a que se iniciou em 2008”.