Trabalhadores do Lidl agendam greve para 29 de fevereiro

Os trabalhadores do Lidl agendaram uma greve para 29 de fevereiro, reivindicando aumentos salariais e melhores condições de trabalho.

Emitido pelo CESP – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, o pré-aviso de greve avançou depois da realização de plenários de trabalhadores nas lojas e nos entrepostos do Lidl.

Os trabalhadores da cadeia de distribuição reclamam aumentos salariais de 90 euros para todos os colaboradores e a “reposição dos três escalões remuneratórios a todos os trabalhadores e pagamento de retroativos aos trabalhadores penalizados com a criação de um quarto escalão”, segundo comunicado do CESP.

Outra das reivindicações prende-se com a atribuição de um subsídio de frio a todos os trabalhadores que trabalham em temperaturas controladas. Ainda é pedida a “preferência na ocupação dos postos de trabalho a tempo inteiro” ou “aumentos da carga horária aos trabalhadores em part-time”.

O CESP diz exigir que o Lidl se reúna com os representantes sindicais para discutir aumentos salariais e as melhorias das condições de trabalho.

Até ao momento, o Hipersuper não conseguiu obter qualquer reação do Lidl.

Os trabalhadores de todas as cadeias de distribuição entraram em greve a 31 de janeiro, com um caderno de reivindicações semelhante ao apresentado agora pelos trabalhadores do Lidl.

Até ao final de 2019, as negociações relativas ao contrato coletivo de trabalho entre os sindicatos e a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) não chegaram a bom porto. A associação representativa das empresas de distribuição, por considerar não razoáveis as exigências dos sindicatos, solicitou a mediação do Governo.