Pingo Doce diz que funcionária que ficou de pé na loja de Avintes está suspensa preventivamente
Uma denúncia feita nas redes sociais, com um vídeo de uma pessoa que diz ser cliente do Pingo Doce, mostra uma funcionária fardada, de pé, junto à caixa de supermercado. A versão do sindicato é que o gerente de loja colocou a funcionária de castigo.
A notícia foi avançada pela TVI24, referindo que a funcionária da loja Pingo Doce terá ficado três dias de pé, durante o turno de trabalho, sem que lhe fosse atribuída qualquer tarefa.
O Sindicato Trabalhadores do Comércio e Serviços defende que a funcionária é assediada há meses pelo gerente do Pingo Doce de Avintes. A empresa da Jerónimo Martins indica que a colaboradora em causa está a ser alvo de um processo disciplinar.
Contactada pelo Hipersuper, fonte oficial do Pingo Doce esclarece, em primeiro lugar, que a loja opera em regime de franchising. E explica que a “funcionária em causa encontra-se suspensa preventivamente, sem perda de retribuição, devido a um processo disciplinar”
Em relação à suspensão preventiva de um trabalhador, o Código do Trabalho refere que esta “pode ser determinada nos 30 dias anteriores à notificação, desde que o empregador justifique, por escrito, que, tendo em conta indícios de factos imputáveis ao trabalhador, a presença deste na empresa é inconveniente, nomeadamente para a averiguação de tais factos, e que ainda não foi possível elaborar a nota de culpa”.
“Isto significa que a colaboradora não pode exercer funções no seu local de trabalho enquanto decorre o processo disciplinar”, realça a mesma fonte.
Marisa Ribeiro, coordenadora do Sindicato Trabalhadores do Comércio e Serviços, avança com outra versão. “Há vários meses que esta funcionária tem vindo a ser assediada pelo gerente da loja que não compreende que os funcionários têm direitos”, declarou a responsável sindical ao Jornal de Notícias.
A representante sindical acrescenta que “esta situação está a acontecer porque o gerente da loja queria que a funcionária se despedisse, mas ela não aceitou”.
Manuel Moreira, gerente da loja em Avintes, declarou ao JN que a “notícia não é verdadeira”, alegando que “a senhora fez uma encenação à volta desta situação”, referindo-se à funcionária.
Fonte oficial do Pingo Doce adianta, por fim, que, por motivo desconhecido, a “funcionária decidiu por sua iniciativa, e contra o que lhe tinha sido comunicado, apresentar-se na loja e ficar de pé junto às caixas, recusando-se a abandonar o local”.
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