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Criação de empresas em Portugal atinge novos recordes em 2019

Por a 7 de Janeiro de 2020 as 12:57

Uber_carro autónomoEm 2019, foram constituídas 48.854 novas empresas em Portugal, o que representa um novo recorde. O rácio de empresas criadas por cada uma que encerrou foi de 3,1, também um recorde, segundo dados do Barómetro da consultora Informa DB.

A criação de novas empresas no País cresce consecutivamente há três anos. No último ano foram constituídas mais três mil (6,4%), em relação a 2018.

Os encerramentos, por outro lado, caíram 17,3% para os 15.898. Uma queda acentuada depois de 2018, que foi o ano com mais encerramentos na última década. Esta diminuição “é transversal a todos os setores e distritos, com a maioria dos setores a registar descidas de dois dígitos”.

O setor dos transportes foi o que mais dinâmico durante 2019, registando a criação de 4.339 empresas, o que corresponde a um crescimento de 101%. Este dinamismo deve-se sobretudo ao subsetor de transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros, na sequência da promulgação da lei que regula a atividade de transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de plataformas eletrónicas.  “Cerca de dois terços das empresas neste subsetor têm apenas um empregado e mais de 80% faturam até 50 mil euros (com um valor médio de 21 mil euros)”, lê-se no relatório.

O último ano confirmou a tendência para o nascimento de empresas de muito reduzida dimensão. Mais de metade das empresas criadas (54%) são sociedades unipessoais. Há dez anos, a criação destas empresas representava pouco mais de um terço (39%).

No sentido contrário, os setores com maior relevância nas exportações, as indústrias e o setor grossista, apresentam recuos. A análise dá conta que estes setores “têm apresentado nos últimos cinco anos uma menor dinâmica empreendedora”. 

Nas indústrias, “setor com maior volume de negócios e exportações do tecido empresarial”, foram constituídas 2.460 empresas em 2019, um decréscimo de 2%.

Quanto ao comércio grossista, a criação de novas empresas caiu 2,6% (menos 71) para um total de 2.625 novas empresas. A descida em relação a 2018 confirma a tendência que se vinha a revelar desde 2014, interrompida apenas em 2018. 

No setor do retalho registam-se 5.141 novas empresas, um crescimento de 3,1% (155 mais) face ao ano transato. 

Depois do “boom” dos últimos anos, os setores e subsetores com maior ligação ao turismo foram em 2019 os que registaram maiores recuos na constituição de empresas, nomeadamente as atividades imobiliárias, o alojamento de curta duração e os serviços turísticos.

No setor do alojamento e restauração, a constituição de novas empresas de “alojamento de curta duração” recuou 15,8%, uma dinâmica acentuada sobretudo “no distrito de Lisboa”.

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