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Marketplaces e comparadores online: oportunidade para pequenos retalhistas?

Por a 26 de Abril de 2018 as 16:26

Análise do ComparaJá.pt

A comparação é, cada vez mais, um comportamento enraizado nos consumidores nacionais: 97% afirma comparar preços e produtos antes da sua aquisição. Face a esta tendência que comprova que os portugueses estão mais preocupados e cientes da necessidade de tomar decisões informadas, a plataforma gratuita de comparação de produtos de crédito e telecomunicações analisou as potencialidades dos comparadores e marketplaces existentes em Portugal e a sua importância para o sucesso do negócio dos pequenos retalhistas.

Segundo “O Observador Cetelem 2017” com o mote “Novos Caminhos Para a Confiança”, de setembro de 2017, Portugal situa-se acima da média europeia quando se fala em comparar mais os preços (97% versus 90% da União Europeia – UE). Além disso, os portugueses também estão acima da média europeia no que diz respeito à hesitação antes de efetuar a compra (89% versus 79% da UE), passando mais tempo a refletir para tomar a decisão mais acertada (91% versus 85% da UE).

O crescimento dos comparadores e marketplaces na Internet

Desde voos a hotéis (eDreams ou Booking.com) aos produtos tecnológicos (KuantoKusta ou marketplace Fnac) até aos produtos financeiros (ComparaJá.pt), são cada vez menos os setores que não dispõem de plataformas de agregação, comparação e compra de produtos e serviços online.

Devido a esta tendência positiva de comparação de preços e produtos por parte dos consumidores, é altamente expectável que nos próximos anos surjam cada vez mais comparadores e marketplaces para ajudarem os portugueses a escolher o melhor produto para o seu perfil e necessidades.

O funcionamento deste tipo de plataformas é bastante simples: o consumidor personaliza a sua pesquisa relativamente ao produto ou serviço que pretende adquirir e são-lhe apresentados, de forma imparcial e independente, resultados adequados ao seu perfil e necessidades. Ao ter acesso a dados comparativos e a informação detalhada sobre os diferentes produtos e serviços, o consumidor consegue tomar uma decisão mais acertada, consciente e informada.

Importa salientar que o consumidor não tem custos adicionais pela utilização destas plataformas, sendo o custo suportado pelo prestador do produto ou serviço em questão: por norma, as entidades aderentes a um comparador ou marketplace pagam um determinado valor por cada compra, reserva ou subscrição realizada por um cliente através da plataforma ou, noutros casos, pagam determinado valor por visualização ou por clique no seu produto ou serviço.

Para se perceber melhor o funcionamento e vantagens da adesão por parte dos pequenos retalhistas nacionais a estes comparadores e marketplaces, a equipa do ComparaJá.pt apresenta dois casos de sucesso em Portugal.

KuantoKusta

O KuantoKusta é um agregador e comparador de diversos produtos: desde eletrodomésticos a moda e acessórios, até computadores, livros, produtos de saúde e bem-estar ou a produtos de automóveis e motas. A oferta é diversificada e a procura é alargada: em 2017 contou com cerca de 30 milhões de visitas.

É, então, uma plataforma muito relevante para os comerciantes marcarem presença, dado que os consumidores portugueses que visitam o KuantoKusta já estão num estádio avançado do processo de compra: já sabem que tipo de produto pretendem, estando assim mais propensos à aquisição.

Esta plataforma é um autêntico motor de busca. O utilizador apenas necessita de pesquisar pelo produto que deseja – não necessitando de realizar uma pesquisa muito aprofundada – e o comparador devolve uma diversidade de produtos disponíveis online, podendo o consumidor comparar os diversos preços e adquirir de imediato o produto, no website do comerciante, tudo através da Internet.

Aqui abrem-se as portas para pequenos negócios. Quebrando as barreiras da localização geográfica e da dimensão do negócio, qualquer comerciante pode competir com grandes players do seu setor ao marcar presença neste comparador online. Garantindo maior exposição dos produtos e dando a conhecer a marca a novos potenciais compradores, as vendas da empresa poderão aumentar e, com isso, é possível alavancar o negócio.

Assim, o KuantoKusta oferece quatro pacotes de subscrição, direcionados também para cada perfil de comerciante:

 

Pack Standard   Pack Silver   Pack Gold   Pack Platinum
1.428 Visitas 4.285 Visitas

(Oferta +214 Visitas)

7.142 Visitas

(Oferta +714 Visitas)

14.285 Visitas

(Oferta +2.142 Visitas)

100€   300€   500€   1.000€
NOTA: Valores baseados num Custo Por Clique (CPC) mínimo de 0,07€

 

Relativamente à vantagem do KuantoKusta para os pequenos retalhistas portugueses, Afonso Guimarães, diretor comercial do comparador, destaca “a exposição que os pequenos retalhistas passam a ter a custo zero”.

“Funcionamos num modelo de CPC e não temos qualquer custo de integração, a loja só paga quando um utilizador é encaminhado para o site. Esta forma de trabalhar é muito confortável para o pequeno retalhista que está a dar os seus primeiros passos e connosco consegue dá-los com uma margem de risco bastante reduzida”, explica este responsável.

Afonso Guimarães sublinha que “a taxa de conversão é o que mais interessa ao final do dia e paga as contas”, acrescentando que, como a sua equipa “está sempre atenta aos comportamentos e tendências do mercado digital, qualquer loja presente no KuantoKusta consegue estar ao corrente das melhores práticas”.

Marketplace Fnac

O marketplace Fnac é um espaço que agrega produtos das mais variadas áreas – desde livros, videojogos, gadgets e smartphones até relógios ou artigos de decoração. Aqui a presença pode ser empresarial ou particular, isto é, o próprio comprador pode também ser um vendedor e os produtos podem ser novos ou em segunda mão.

O processo de utilização é muito simplificado: o comerciante empresarial ou vendedor privado coloca um dos artigos referenciados na Fnac à venda, um utilizador demonstra o interesse em adquirir esse artigo, paga-o à Fnac e o vendedor envia o produto diretamente para o comprador. Depois, a Fnac paga ao vendedor o total da transação descontando o custo das comissões sobre o valor do produto transacionado.

Estas comissões são calculadas em função das categorias de produtos abaixo descritas:

 

Tipo de Produto Novo Usado Tipo de Produto Novo Usado
Tablets e Computadores Portáteis 7% 10% Guitarras, Pianos e Outros Instrumentos Musicais 13% 17%
Smartphones e Telemóveis 8% 10% CD, DVD, Blu Ray e Vinil 15% 17%
Discos Rígidos e Componentes informáticos 8% 10% Software e Videojogos 15% 17%
Desktops, Monitores, Impressoras e Scanners 8% 10% Auscultadores, Auriculares e Cabos 15% 17%
Smartwatches, GPS e Calculadoras 8% 10% Cabos e Consumíveis 15% 17%
Equipamentos de TV, Som, Foto e Vídeo 8% 10% Livros 15% 17%
Equipamento Desporto, Lazer, Saúde e Bem-estar 8% 10% Relógios, Óculos de Sol 15% 17%
Pequeno e Grande Eletrodoméstico 8% 10% Têxtil, Moda e Decoração 15% 17%
Consolas e Equipamento DJ 8% 10% Posters, Canecas, Autocolantes e Papelaria 15% 17%
Outros Equipamentos Técnicos 8% 10% Utensílios de Cozinha, Bricolage e Jardinagem 15% 17%
Jogos e Brinquedos 13% 17% Outros Acessórios 15% 17%

 

Os comerciantes dispõem de um pacote especial para empresas anunciantes no marketplace. Neste marketplace, o retalhista não tem quaisquer custos fixos nem compromissos, detendo maior visibilidade dos seus produtos, pelo valor de €39,99 (+ IVA).

Com este pacote é ainda possível ter acesso a serviços adicionais que impulsionam as vendas dos produtos, nomeadamente a transferência das propostas dos clientes por ficheiro, ter elegibilidade para uma presença na ficha do artigo por aplicação de critérios objetivos, assim como a liquidação da comissão mínima de €0,70 (+ IVA) por encomenda. Para as empresas, a Fnac disponibiliza comerciais, bem como permite tratamentos de artigos em massa e uma loja personalizada.

“A plataforma de ecommerce da  Fnac pode ser muito vantajosa na medida em que já é um dos sites de ecommerce mais visitado em Portugal, servindo assim de ‘montra’ para os pequenos retalhistas; permite integrar catálogos de produtos, independentemente de já se encontrarem ou não no catálogo Fnac (no site vendemos já frigoríficos, carrinhos de bebé, perfumes e móveis, entre outros); disponibiliza os meios digitais necessários para o pequeno retalhista poder receber encomendas e respetivo pagamento; e tem uma equipa dedicada aos vendedores do marketplace para os ajudar a servir da melhor forma os seus clientes”, refere a diretora de ecommerce da Fnac, Paula Alves.

Esta responsável acrescenta que “o selo de qualidade que a Fnac traz ao processo de intermediação no marketplace valoriza os retalhistas e dá confiança e segurança aos clientes que compram através da Fnac. Garantimos a qualidade dos produtos e entregas, nomeadamente porque a qualidade de serviço dos vendedores é monitorizada em permanência”.

As plataformas digitais são uma grande oportunidade de negócio para os pequenos comerciantes. Caso estes apostem em ofertas de boa relação qualidade-preço, terão a possibilidade de competir com grandes players, algo que só se tornou possível com o advento do digital e com o aumento de comparadores e marketplaces.

*Análise originalmente publicada na edição de abril do Jornal Hipersuper

 

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