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Coca-Cola quer aumentar peso de versões sem açúcar na faturação total

Por a 2 de Novembro de 2017 as 10:14
Rafael Urrialde, diretor de Nutrição e Saúde da Coca-Cola Ibéria, e Tiago Lima, diretor de Relações Externas da Coca-Cola Portugal. Retirado de: https://www.facebook.com/cocacolaportugal/

A Coca-Cola Company, que tem vindo a reduzir o açúcar utilizado na produção de bebidas como Coca-Cola, Fanta ou Sprite, assume agora o compromisso de reduzir em 12% até 2020 o teor de açúcar, por litro vendido, em todo o seu portefólio.

“Sabemos que o consumidor quer menos açúcar e é nisso que vamos apostar a partir de agora”, afirma Tiago Lima, diretor de relações externas da Coca-Cola Portugal, por ocasião do evento de apresentação da nova estratégia ao mercado luso, realizado esta terça-feira (dia 31 de outubro), em Lisboa.

Na manga estão “novos lançamentos para o próximo ano”. Sem revelar o plano, Tiago Lima aponta para “novas categorias de produto e tipos de embalagens” a surgirem no mercado nacional. Além disso, “em 2018”, todos os rótulos vão passar a integrar um código de cores, para prestar um “maior apoio ao consumidor na ingestão de açúcar”. A medida resulta do grupo de trabalho criado este ano entre a gigante do setor de bebidas e outras multinacionais, nomeadamente, Unilever, Mars, Mondelez, Nestlé e Pepsico, com o intuito de estudar uma solução de rotulagem nutricional, a adotar nos produtos distribuídos Europa, que venha complementar o esquema de Doses de Referência (D.R.), atualmente utilizado pela indústria.

Com a aposta na redução do teor de açúcar e em maior informação ao consumidor, a empresa pretende “aumentar o peso das referências sem açúcar adicionado na faturação total do grupo nos próximos quatro anos”, explica, por sua vez Rafael Urrialde, diretor de Nutrição e Saúde da Coca-Cola Ibéria.

Em Portugal, onde este ano a produtora comemora 40 anos de presença, desde que a marca Coca-
-Cola desembarcou no País, “uma em cada três” (28%) unidades daquela bebida, vendidas entre janeiro e setembro, dizem respeito às versões “Light” ou “Zero”. A nível global, o valor sobe para um peso de “41%”.

Juntamente com as restantes marcas, as vendas das versões sem açúcar absorvem “38%” da faturação mundial. No mercado nacional, as variedades sem açúcares artificiais captam “21%” das vendas verificadas nos primeiros nove meses do ano, tendo em conta que a produtora comercializa em solo luso mais de 100 referências, entre nove marcas – Coca-Cola, Fanta, Sprite, Aquarius, Nestea, Powerade (refrigerantes), Nordic Mist (água tónica), Aquabona (água mineral) e Minute Mald (sumos de fruta com leite).

A nova abordagem ao mercado, centrada na preocupação com o consumo de açúcar, envolve o tratamento de todo o portefólio de bebidas da empresa, que se quer afirmar como “uma empresa completa, especialista em bebidas e não apenas em refrigerantes”, explica Tiago Lima. Esta estratégia foi implementada pelo atual CEO (Chief Executive Officer) da produtora, James Quincey, quando em abril passado assumiu a liderança.

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