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F.lima quer distribuir marcas portuguesas pelo mundo

Por a 8 de Junho de 2017 as 10:24
Rui Miguel Lima, Managing Director F.lima

É uma empresa nacional com um século de história ligado à introdução de produtos de multinacionais no País, hoje conhecidos pela maioria dos portugueses. A F.lima assume agora como pilares de crescimento a internacionalização de marcas lusas e a diversificação de canais, além do retalho.

A portuguesa F.lima iniciou atividade há cerca de 100 anos como distribuidora de produtos não alimentares, apresentando-se desde logo como parceira de multinacionais ligadas ao grande consumo para introduzir os seus produtos no mercado nacional. Ao longo do seu percurso, foi responsável pelo lançamento de marcas hoje bem conhecidas pelos portugueses como Johnson&Johnson, Gillette, Sensodine, Supercola 3, Pato, Rennie, entre outras.

A aposta em trazer inovação internacional para Portugal continua, um século depois, a ser uma das estratégias seguidas pela distribuidora. Há cerca de dois meses trouxe para o mercado luso a marca japonesa de snacks Snappy Crisp e outras “quatro marcas” podem-se juntar ao seu portefólio até final do ano. “Aceitamos representar as marcas que trazem valor acrescentado para o mercado”, explica em entrevista ao HIPERSUPER Rui Miguel Lima, bisneto do fundador da F.lima que assumiu há quase três anos as rédeas da empresa. “Somos uma empresa multimarca com uma longa experiência em gestão de marcas, associadas a diferentes categorias. A maior parte dos produtos que comercializamos em Portugal são investigados e desenvolvidos por nós”.

O52A8695Exportação de marcas nacionais

Para contornar a limitação de crescimento entre as fronteiras portuguesas, a empresa decidiu há cerca de um ano trocar as voltas à sua atividade “core” e apostar na internacionalização, levando para outros países marcas portuguesas já com uma longa história, como as suas marcas próprias Savora, a “primeira marca de mostarda” a surgir em Portugal, há 40 anos, ou a Diese, que se posiciona no segmento de alimentação saudável há 62 anos. Além destas, está a exportar as marcas Dona Sarah (molhos), Janota (especiarias), Novycera (produtos para chão e móveis), Sani (limpeza de casa de banho) e Splendor (cuidado de calçado e produtos em pele). “Nota-se nos últimos anos uma qualidade percecionada pelos estrangeiros em relação aos produtos portugueses. O que no passado não existia”, sublinha o managing director.

Um ano após alargar a atividade a novas geografias, a distribuidora está presente em “três mercados internacionais”, entre eles “Angola e Moçambique”, podendo brevemente aterrar na “Polónia e países da Ásia, como a China”. Neste momento, as vendas além-fronteiras pesam “6%” da faturação da empresa e o objetivo é “chegar a 2019 com as exportações a valerem 20% do volume de negócios”.

Novos canais de distribuição

Os produtos da distribuidora ocupam os lineares de grande parte do retalho no País, tanto o tradicional como a distribuição moderna, a qual pesa “entre 60% a 70%” das suas vendas. Para fazer face à crescente concorrência naqueles pontos de venda, a estratégia em Portugal passa pela “diversificação de canais”.

Há dois anos que lançou uma loja online para venda direta ao consumidor final, cujas “insignificantes”. Após esse passo, há cerca de um ano que distribui as suas marcas do segmento alimentar também no canal Horeca. “Achámos que tínhamos um cabaz significativo para estes clientes, que inclui concentrado de tomate, massas, especiarias, entre outros produtos”.

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Mais recentemente, “em junho do ano passado”, a empresa entrou também no canal farmacêutico, para o qual desenvolveu uma nova categoria – a “Diese Pharma”, capitalizando a notoriedade que a sua marca de alimentação saudável apresenta junto dos portugueses. “37% dos consumidores nacionais reconhece a Diese como marca de alimentação saudável. Para as farmácias, criamos suplementos alimentares e teremos em breve novidades”, anuncia o responsável.

Após um “período de maior dificuldade”, durante a crise económica que assolou o País, a F.lima está a “crescer de forma significativa desde 2015”. No último ano, aumento em “cerca de 9%” o seu volume de negócios, diz o responsável, sem revelar a faturação.

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