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6 mudanças no perfil das startups portuguesas em quase uma década

Por a 11 de Novembro de 2016 as 20:38

Entre 2007 e 2015 foram constituídas em média 31 mil novas empresas por ano em Portugal. Neste período, o cenário do empreendedorismo no País ganhou novos contornos. O Norte superou a região de Lisboa na criação de novos negócios, há hoje mais iniciativa individual e de menor dimensão, assim como há setores que registam uma maior dinâmica de criação de negócios, como o alojamento e a restauração. Além disso, apesar de faturarem menos, hoje as startups nacionais exportam mais – e muitas voltam-se para o mercado internacional no primeiro ano de vida.

As conclusões são do estudo Empreendedorismo em Portugal da empresa de estudos de mercado Informa D&B, que traça o seguinte cenário:

  1. Há hoje mais iniciativa individual

As sociedades unipessoais ganharam terreno face às sociedades por quotas em número de nascimentos de empresas, evoluindo dos 36% em 2007 para os 49% em 2015. A média da constituição de sociedades por quotas caiu 2% por ano, entre 2007 e 2014. Ainda assim, em 2015 as mesmas voltaram a ganhar relevância face às sociedades unipessoais, com um aumento de 9,3% face a 2014.

  1. Número de empregados e volume de negócios caiu

Entre 2007 e 2014, as startups portuguesas reduziram o número médio de empregados, que passou dos 2,6 em 2007 para os 2,0 em 2014. O volume de negócios das empresas no primeiro ano de vida regista igualmente uma redução, passando de uma média de 90,2 mil euros em 2017 para os 70 mil em 2014, um decréscimo de 22%.

  1. Startups constituídas com menos capital

“Em 2011, foi introduzida a possibilidade de constituir uma sociedade unipessoal ou por quotas com capital mínimo de um euro por sócio e desde esse ano as startups com capital social inferior a cinco mil euros têm vindo a ganhar importância”. Em 2015, 50% das sociedades foram constituídas com um capital inferior a cinco mil euros. Entre estas empresas, a média do capital social é de 1 038 euros.

  1. Startups com maior perfil exportador

Em 2014, 10,1% das novas empresas exportaram no primeiro ano de vida, uma subida de três pontos percentuais face a 2008. A importância das exportações no volume de negócios das startups aumentou de 46% em 2008 para 63% em 2014. Comércio grossista, transportes e telecomunicações são os três setores que registam start-ups com perfil exportador mais acentuado.

  1. Serviços e retalho mantêm-se como setores com mais empresas a nascer

Em 2015 seis principais setores concentram 79% das startups, o que compara com 82% em 2007. Os serviços e o retalho mantêm-se como os setores que registam mais nascimentos de empresas, mas o setor de alojamento e restauração passa do quinto para o terceiro setor com mais empresas a surgir, ultrapassando a construção. Entre 2007 e 2015, agricultura, pecuária, pesca e caça, telecomunicações e alojamento e restauração são os setores com maiores taxas de crescimento de nascimentos. Em sentido contrário, a maior redução da criação de empresas foi registada nos setores da construção e gás, eletricidade e água.

  1. Norte supera Lisboa na criação de startups

Mais de 85% das startups surgem nas regiões de Lisboa, Norte e Centro. Mas em 2008, o norte do País passou a liderar o número de startups, ultrapassando a Área Metropolitana de Lisboa. Em 2015, 34% do nascimento de empresas aconteceu no Norte, seguido de Lisboa, com 33%. As regiões com maior crescimento são os Açores (2,8%), Alentejo (+1,8%) e Norte (+1,5%). O Algarve é a única região em que a criação de empresas decresce.

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