Portugueses são na Europa os mais suscetíveis à publicidade emocional

Os portugueses são, na Europa, os mais suscetíveis à publicidade que transmite emoção. O fator geracional mostra como os seniores portugueses (76%) são mais marcados pelas campanhas publicitárias emocionais do que os seus descendentes (68% dos portugueses com  menos de 50 anos), revela o estudo sobre o consumo sénior na Europa do Observador Cetelem. Ambos os segmentos geracionais estão cima da média europeia: 61% e 50%, respetivamente, quanto ao impacto do lado emocional de um anúncio. Outros critérios valorizados pelos seniores portugueses são os valores da marca (46%) e o humor (44%).

“Em Portugal, ainda que as gerações mais jovens sejam as mais atentas às mensagens, os anunciantes devem considerar que a percentagem de seniores atentos é também bastante elevada. A penetração da publicidade em Portugal é, de uma forma geral, bastante significativa, embora seja importante que transmita emoção, valores e humor, para que seja de facto marcante”, esclarece Diogo Lopes Pereira, diretor de marketing do Cetelem.

Enquanto critério de compra, os seniores portugueses atribuem menos importância à marca (25%) do que os não seniores (30%). 77% dos consumidores mais velhos acreditam que a marca é sinónimo de qualidade, em relação a 86% das gerações mais jovens.

A nível europeu, a associação da marca com a qualidade do produto é mais vincada para os romenos, os italianos e os franceses, mas bastante menos relevante para os dinamarqueses e os alemães.

“A marca de um produto revela-se mais importante para os não seniores, sobretudo na faixa etária dos 30-40 anos que através dela afirmam o seu estatuto social, mas esta perceção desaparece gradualmente para os seniores. A maioria associa a marca à qualidade do produto, mas esse é apenas um dos seus critérios de compra. Os seniores estão a tornar-se consumidores cada vez mais esclarecidos e exigentes”, diz o diretor de marketing.

Para este estudo foram inquiridos 10 673 europeus com amostras de, pelo menos, 800 indivíduos por país, das quais pelo menos 275 com idades entre os 50 e os 75 anos. O inquérito, feito através da internet entre 2 de novembro e 4 de dezembro de 2015, realizou-se em 13 países: Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Itália, Portugal, Reino Unido, Hungria, Polónia, República Checa, Eslováquia e Roménia.