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Primeira loja da Expert em Lisboa deverá faturar €2,5 milhões no primeiro ano

Por a 2 de Junho de 2016 as 11:53
Susiarte_Expert

Luís Vasco Cunha, administrador da Susiarte, empresa que detém a Expert

A Expert Portugal, insígnia especializada em eletrodomésticos e eletrónica de consumo do grupo Susiarte, abriu a primeira loja própria em Lisboa, no centro comercial Bela Vista. Este estabelecimento junta-se aos dois espaços próprios que a insígnia opera nos Açores.

A loja localizada no conjunto comercial do Pingo Doce em Marvila tem cerca de 500 metros quadrados, foi alvo de um investimento de 200 mil euros e criou 10 postos de trabalho. “O orçamento foi aplicado na montagem da loja”, explica em entrevista ao HIPERSUPER Luís Vasco Cunha, administrador da Susiarte. “E surgiu de uma oportunidade: um desafio lançado pelo Pingo Doce”, a insígnia da Jerónimo Martins com quem a insígnia mantém relações comerciais de longa data e que opera uma loja de dimensões invulgares naquele centro comercial.

A marca Expert pertence à Expert Internacional, cuja sede é na Suíça e conta atualmente com 57 associados. A empresa portuguesa Susiarte associou-se a esta organização internacional em 2009, depois de ter adquirido a Codelpor, a empresa que detinha os direitos da Expert em Portugal. Com esta parceria, a empresa portuguesa ganhou o direito à utilização da insígnia Expert, melhores condições na aquisição dos produtos que comercializa, beneficiou da estratégia internacional comum a todos os associados e adotou uma “visão de negócio comum entre os associados europeus”. Todos os países têm acesso ao caderno de encargos definido entre a casa mãe e os principais fabricantes internacionais destes equipamentos. Os produtos são fabricados na Europa – Hungria, Polónia, Eslováquia – e na Ásia, sobretudo na Coreia.

De estudante a empreendedor

Açores, 1982. Luís Vasco Cunha, então com 16 anos, aproveita as férias de verão para ganhar algum dinheiro como vendedor numa loja de artigos de decoração. Sugere ao proprietário a abertura do espaço à noite e ao domingo em troca de uma comissão sobre as vendas. A loja aumenta a faturação e o empreendedor dos Açores “ganha muito dinheiro”. Assim começa a história do Grupo Susiarte que no ano passado alcançou um volume de negócios de 50 milhões de euros. Luís Vasco Cunha investe os rendimentos na abertura de uma loja de decoração, nos Açores, mas o negócio expandiu entretanto para a distribuição grossista de eletrodomésticos e eletrónica de consumo, que representa 95% do total do volume de negócios. A empresa abastece cerca de 70 associados, com lojas especializadas espalhadas pelo País. Em 2009, abriu um armazém em Benavente, a partir do qual abastece hoje todos os associados.

A empresa que ainda opera duas lojas nos Açores, chegou agora ao continente e quer abrir mais lojas.

Lojas sem marca própria

O fundador da Susiarte acredita que nova loja em Lisboa poderá faturar logo no primeiro ano de atividade cerca de 2,5 milhões de euros. A sua estimativa baseia-se nas receitas de uma loja de semelhante dimensão nos Açores e que faturou no ano passado 2,5 milhões de euros.

O plano de expansão de  Luís Vasco Cunha prevê a abertura  de entre duas a quatro lojas, fora da região de Lisboa, embora tenha na capital um investimento estratégico ainda por confirmar. “Nas grandes cidades, fora da capital. Queremos abrir lojas com entre 300 e 500 m2. Uma delas na Madeira. As restantes no Continente”.

Concorrente da Worten, líder de mercado, Fnac, Radio Popular e Media Markt, a Expert vai apostar no serviço, no relacionamento próximo com o cliente e estabelecer a diferença através do atendimento e da proximidade, explica o fundador. “O mercado português tem esta particularidade de ter um operador com um peso gigante, como não há em mais nenhum país europeu”, sublinha. Mas não baixa os braços. “Também vamos ser agressivos em preço, pretendemos ter preços competitivos e acompanhar a agressividade promocional do líder. Sim, claro que vamos”. As marcas próprias-  “para já” – ainda não fazem parte da estratégia do empreendedor açoriano.

O mercado eletro alcançou no ano passado no retalho português um volume de negócios de 2.132 milhões de euros.

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