Digital torna-se principal meio de investimento publicitário em 2017

O investimento publicitário deve crescer em 2015 3,2%, a nível global, atingindo os 503 mil milhões de dólares, face a 2014. O investimento no digital cresce 17% e espera-se que este seja o principal meio publicitário em 2017.

A Magna Global, unidade de estratégia global do grupo IPG Mediabrands, que detém em Portugal as agências de meios Initiative e UM e as agências especializadas Reprise Media e Rally, prevê ainda que no próximo ano o investimento suba para os 4,6%, em comparação com o último ano, devido à realização de eventos mediáticos pontuais.

De acordo com o mais recente relatório da empresa sobre o mercado publicitário para o qual analisou 73 países incluindo Portugal, a subida de 3,2% apontada para 2015 deve-se sobretudo à escalada dos meios digitais. Espera-se que terminem o ano com um crescimento global de 17%, em termos homólogos.

Apesar de a televisão se manter como principal meio de investimento publicitário, com um peso de 38%, o digital tem vindo a ganhar terreno, ascendendo este ano aos 32% do investimento global. Estas estimativas indicam que, em 2017, o digital possa ultrapassar a televisão enquanto meio dominante.

No digital, o ‘search’ [pesquisa] continua a dominar o investimento, com um peso de 49% neste meio. Por sua vez, o mobile representa 33% do total investido, prevendo-se que registe um crescimento de 61% em 2015, dada a rápida transição dos computadores para os smartphones e tablets. Relativamente ao vídeo online o incremento é de 39% este ano, fruto do impacto que canais como o Youtube ou os novos formatos de vídeo do Yahoo e Snapchat têm vindo a adquirir a nível global.

No que diz respeito ao mercado publicitário português, o crescimento deverá estar alinhado com o mercado global, podendo mesmo crescer alguns pontos acima, chegando aos 4% e totalizando perto dos 500 milhões de euros em 2015. Também em Portugal, o digital lidera o crescimento do investimento publicitário, esperando-se que cresça 30% relativamente a 2014. Este meio deverá passar a representar 17% do media mix publicitário português, que continua a ser dominado por TV com 52%.