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“A segurança no retalho tem uma relação directa com a competitividade dos preços”

Por a 16 de Julho de 2014 as 14:47

Uma visão estratégica para combater as quebras no retalho é essencial, revela Fernando Amaral, Partner da Alidata. “A segurança no retalho tem uma relação directa com a competitividade dos preços”, explica.

 Como evoluiu no ano passado a quebra desconhecida no retalho português?

Não conhecemos grandes alterações face a anos anteriores. O que é certo é que em todos os negócios há risco de quebras desconhecidas. É impossível eliminar na totalidade as quebras desconhecidas no retalho, pois para cada novidade ou tecnologia em termos de segurança há também novidades na tentativa de as contornar.

No entanto, estas podem ser drasticamente reduzidas se houver uma visão estratégica para combater as quebras e para toda a segurança, pois não há sistemas que garantam 100% de segurança.

A segurança no retalho continua a ser muito importante pois minimiza as quebras de produtos por furtos, e estas têm uma relação directa com a competitividade dos preços e a viabilidade dos negócios, pois para garantir o lucro, as empresas têm que aumentar os preços de venda para compensar as perdas.

O contexto de crise que o País atravessa contribuiu para o aumento dos furtos nas lojas?

Sim, há uma relação directa entre a perda de poder de compra e as quebras no retalho. No entanto, os furtos em lojas sempre existiram e vão continuar a existir, e cabe às empresas encontrar e implementar soluções que minimizem a sua “atractividade” para os ladrões.

Esse é o caminho a seguir: implementar uma estratégia de prevenção das quebras, de acordo com as necessidades de cada empresa e negócio, da dimensão e do próprio tipo e conceito de loja.

Os distribuidores estão a aumentar o número de produtos protegidos na loja ou, pelo contrário, a diminuir?

A tendência é para aumentar os produtos protegidos e a segurança em geral. No entanto, muitos retalhistas não têm capacidade de investimento nas soluções que melhor se adequariam à sua empresa/loja/situação, pois não são indispensáveis para o funcionamento diário do seu negócio.

Os distribuidores nacionais estão ao nível dos europeus no que diz respeito à quebra desconhecida e ao investimento na prevenção da quebra?

Sim, Portugal pode ser um país pequeno mas é ávido de tecnologia e está sempre na frente quando se fala em soluções tecnológicas.

Quais os produtos preferidos dos larápios?

Da nossa experiência, todos aqueles que tenham valor elevado e que sejam de dimensões reduzidas, sendo que há áreas mais apetecíveis como os produtos tecnológicos e electrónica, livros, produtos de beleza e maquilhagem, bebidas alcoólicas e roupa, entre outros.

Quais as grandes tendências deste sector?

A tendência é integrar sistemas e soluções, e criar mecanismos de segurança que sejam mais activos e que actuem ao nível da prevenção/dissuasão.

Quais as soluções mais procuradas pelos retalhistas no actual contexto económico?

O CCTV/videovigilância porque tem uma maior abrangência e é um excelente factor de dissuasão. A videovigilância é um dos sistemas mais eficazes para prevenir os furtos no retalho, pois estes podem vir de todas as pessoas, e desencoraja os roubos.

A gravação de imagens num circuito fechado, apesar de não intervir diretamente na prevenção dos roubos, permite armazenar as imagens com boa qualidade, e estas podem ser analisadas posteriormente, sempre que necessário.

Há uma correlação directa entre o investimento feito em segurança no ponto de venda e a redução do número de artigos roubados?

Sim, com certeza, senão seriam inúteis. Há os que dissuadem e os que são eficazes na detecção dos furtos em tempo real, e ambos contribuem significativamente para a redução dos roubos.

Quais as principais novidades tecnológicas deste sector?

A nossa aposta é no desenvolvimento de soluções integradas com o ERP Alidata, com os POS ou com outros sistemas próprios de cada negócio, que permitam aos responsáveis fazer uma leitura mais rigorosa do que está a acontecer com as quebras.

As soluções de videovigilância permitem monitorizar as instalações de uma empresa/loja/armazém e despoletar um conjunto de acções e medidas em caso de ocorrência.

Actualmente, estes sistemas assumem um papel crítico na segurança das empresas, pelo que a escolha da solução adequada é um dos pontos fulcrais. Permitem a gravação de imagens e a sua posterior análise e visualização. Podem ser accionados alertas automaticamente, com base na detecção de movimento por câmaras programáveis em instalações de importância crítica, seja o perímetro de um edifício ou fábrica, loja ou áreas específicas.

O sistema de videovigilância da Alidata permite fazer uma análise inteligente sobre as imagens, pois possibilita pesquisas por determinados eventos, como abertura de gaveta, aproximação de um cliente, venda de determinado produto, entre outros.

É uma plataforma de segurança integrada, economicamente viável, que tira partido das mais robustas tecnologias, com controlos remotos a partir de qualquer computador ou dispositivo móvel com acesso à Internet.

Há uma tendência europeia para abrir menos lojas físicas e fechar algumas das existentes, concluiu recentemente um estudo da GFK. Qual a vossa estratégia para dinamizar as vendas num mercado cada vez mais pequeno?

A nossa estratégia passa sempre por encontrar a solução que melhor se adequa a cada caso. Um dos fatores críticos que nos distingue é termos a capacidade de nos adaptarmos a cada realidade.

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