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Portugueses sem poupanças em 2013

Por a 25 de Março de 2013 as 13:44

Ao longo deste ano, os consumidores portugueses não vão conseguir reunir poupanças e vão mesmo poupar menos do que em 2012, revela a sondagem Investment Barometer da GfK.

O estudo mostra um acentuado pessimismo dos portugueses em relação ao futuro, opinião que é partilhada pelos italianos, espanhóis e polacos.

Os consumidores da Alemanha, Suécia, Reino Unido e Holanda, por sua vez, consideram que a evolução das poupanças não vai ter grandes alterações e acreditam que vão conseguir manter o seu nível de poupança.

Já os consumidores dos EUA consideram que vão poupar ligeiramente mais em 2013 face ao que pouparam em 2012.

Actualmente, os investimentos dos portugueses são feitos maioritariamente em produtos bancários. As contas à ordem lideram as escolhas dos inquiridos, com 89%, seguindo-se as contas a prazo (32%) e os investimentos em imobiliário (23%). De salientar que em vários países da Europa (como Espanha, França, Itália, Holanda, Reino Unido, entre outros) os principais investimentos são as cadernetas / contas poupança.

Segundo os dados obtidos nesta sondagem realizada em Novembro de 2012, os produtos que os portugueses consideram mais atractivos para investir no futuro são as casas/bens imobiliários (55%) – uma tendência comum à maioria dos europeus –, seguido de ouro (52%) e as contas a prazo (50%).

Os dados do Investment Barometer da GfK indicam que a crise deteriorou a confiança dos cidadãos portugueses relativamente a algumas instituições. Quando inquiridos sobre a confiança que depositam no Banco Central Europeu (BCE) para alcançar a estabilidade de preços nos próximos cinco anos, 39% dos portugueses refere que tem a certeza que o BCE não vai ser capaz de alcançar essa meta e 48% considera que provavelmente não vai conseguir, ou seja, somente 14% considera que o BCE irá, ou provavelmente irá, alcançar a estabilidade dos preços.

Somos os mais pessimistas

Esta percentagem de 14% coloca Portugal como o país mais pessimista face a esta meta, em comparação com 25% dos inquiridos espanhóis que considera que o BCE irá, ou provavelmente irá, alcançar a estabilidade dos preços. Este valor é de 28% para os alemães, 31% no caso dos holandeses, 33% para os franceses e 45% nos inquiridos italianos.

Esta sondagem da GfK revela ainda que 84% dos inquiridos portugueses considera que, no geral, o Governo não tem sabido lidar bem com a crise da dívida europeia, sendo, em conjunto com Espanha, o valor mais elevado registado nos países em análise. Contudo, este indicador, de 2011 para 2012, agravou-se consideravelmente no caso de Portugal: em 2011 este valor era de 64% (passando agora para os 84%) e para os espanhóis era de 78% (passando agora para 84%).

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