EXCLUSIVO: Quinta da Tapada quer chegar aos lineares da Distribuição Moderna

A Quinta da Tapada está a piscar o olho à Moderna Distribuição.

A produtora de queijos e vinhos de Lousada já tem à venda o queijo flamengo Trevo em alguns estabelecimentos Modelo e Continente do Norte do País e quer agora chegar às prateleiras das restantes insígnias de retalho alimentar para trazer os seus produtos para o Centro e Sul do País.

Para isso, a produtora de queijos, vinhos e hortofrutícolas vai investir 20 mil euros num plano de divulgação dos seus produtos, nomeadamente o queijo Rei, um “produto único no País”, explica ao Hipersuper Duarte Vieira, director-geral da Lacticínios Halos, S.A, empresa da Quinta da Tapada.

“Trata-se de um queijo quadrado de massa não prensada, consistente mas cremoso e com sabor pouco intenso. A sua principal característica é ser feito com uma tecnologia peculiar, que não posso divulgar porque é segredo”.

Além do investimento em comunicação, a empresa colocou uma equipa de vendedores no Centro e Sul do País para dar a conhecer os produtos fabricados na Quinta que já firmaram contratos de distribuição com armazenistas e distribuidores”.

Duarte Vieira, director-geral

 Queijo, vinho e kiwi

A Quinta da Tapada tem como actividade principal a produção de lacticínios – queijo flamengo e curado – comercializado sob a marca Trevo, e algumas especialidades com sabor (maça canela, ervas aromáticas, sementes de cevada) vendidos sob a marca Quinta da Tapada.

Além de queijos, produz vinhos verdes (corrente, monocasta, rosado e espumante) e kiwi. “Temos 5 ha de vinha e 3 ha de kiwi, uma plantação com apenas cinco anos, ainda em fase inicial de produção”.

O queijo representa 80% do volume de negócios e o vinho cerca de 20%.

“Os produtos são vendidos no retalho, mas sobretudo armazenistas e revendedores. Temos uma posição muito forte e sólida na zona Norte, onde estamos instalados. Cerca de 80% do volume de facturação é proveniente de um raio de 50km de Lousada, onde está sediada a quinta”.

A Quinta da Tapada vende ainda os produtos nas duas lojas próprias que detém na propriedade e no mercado da Foz.

 Japão e EUA na mira

A produção de queijo da fábrica com 20 anos localizada na quinta está actualmente adaptada às vendas por uma questão estratégica de sustentabilidade mas a unidade industrial tem capacidade para fabricar 5 a 6 toneladas de queijo por dia.

A exportação representa actualmente 1% das vendas. “Vendemos queijo e vinho para Austrália e Angola e estamos a retomar as vendas para o Brasil”. Japão e EUA estão na mira. “Estamos a desenvolver contactos com importadores locais”. A meta é multiplicar por dez as exportações em 2012.

A empresa que emprega 34 colaboradores facturou no ano passado 2 milhões de euros. Este ano prevê crescer 10 a 20% com a expansão ao Centro e Sul do País.