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Vendas da Sumol+Compal caem 15,7%

Por a 31 de Maio de 2012 as 12:55

As vendas da Sumol+Compal (S+C) registaram, no primeiro trimestre de 2012, um decréscimo de 15,7% face ao mesmo período de 2011, totalizando 56,2 milhões de euros, com as vendas em Portugal a alcançar os 43,2 milhões de euros, representando uma quebra de 12,3% em relação aos primeiros três meses do exercício transacto.

As vendas para os mercados internacionais sofreram uma queda ainda maior (-25,4%) para os 13 milhões de euros.

Em comunicado, a companhia que detém marcas como Sumol, Compal, Um Bongo ou B! informa que a margem bruta decresceu 15,9% para 31,4 milhões de euros, correspondendo a 53,5% do volume de negócios, quando no ano completo de 2011 esse valor se situava nos 53,7%.

“Com uma capacidade reduzida de subida dos preços, fruto de uma procura pouco dinâmica, de um ambiente competitivo bastante agressivo e da enorme dificuldade de o fazer em alguns clientes do canal alimentar moderno, o preço médio de venda global reduziu-se ligeiramente. Esta evolução foi, ainda assim, influenciada por progressões favoráveis de mix de produtos e de canais. Ao nível da aquisição das matérias-primas e materiais de embalagem vem-se assistindo, desde meados de 2011, a uma tendência de estabilização de preços”, refere a S+C.

De resto, a S+C destaca que o início do ano foi marcado por “uma alteração expressiva do enquadramento fiscal, em sede de IVA, no sentido do agravamento das taxas, em relação à maioria das categorias de bebidas de alta rotação”, lembrando que nos locais de venda para consumo em casa, a taxa sobre os refrigerantes passou a ser de 23%, contra os anteriores 6%; a taxa sobre as águas passou a ser de 13%, face aos anteriores 6%; a taxa sobre os sumos e néctares manteve-se nos 6% e sobre as cervejas nos 23%. Além disso, a taxa de IVA aplicada pelos pontos de venda do canal Horeca passou de 13% para 23%, ou seja, “o consumo em restaurantes e estabelecimentos similares de bebidas de todas as categorias passou a estar onerado com uma taxa de 23%, quando anteriormente era de 13%”.

Estas alterações vieram, no entender da S+C, “agravar as condições de competitividade da indústria de bebidas de alta rotação em Portugal”, salientando que no País, “para além do impacto muito negativo a que se assistiu com o agravamento da fiscalidade nos mercados de bebidas de alta rotação, estes mercados foram também influenciados no primeiro trimestre por um ritmo recessivo da actividade económica, o que implicou uma quebra na dinâmica do consumo privado, tendo as condições climatéricas sido relativamente neutras”.

Assim, o efeito conjugado destes factores e comparando o trimestre em análise com igual período do ano anterior, “foi de redução do volume do conjunto dos mercados de bebidas de alta rotação”.

Quanto aos mercados internacionais alvo da companhia, a S+C refere que “continuou-se a assistir a ritmos interessantes de crescimento do consumo privado”, embora as vendas da S+C tenham sido “influenciadas por um forte abrandamento, neste período, para Angola”, enquanto para a quase totalidade dos restantes mercados “continuou-se a crescer a ritmos significativos”.

Os resultados operacionais (EBIT), por sua vez, regrediram 74,9% para 1,2 milhões de euros, enquanto o cash flow operacional (EBITDA) atingiu 4,4 milhões de euros, representando um decréscimo de 50,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Finalmente, os lucros apresentam um valor de 2,5 milhões de euros negativos contra 200 mil euros positivos no primeiro trimestre de 2011.

Para o restante exercício, a Sumol+Compal “procurará identificar parcerias estratégicas que contribuam para a consolidação do negócio em Portugal e para o crescimento nos mercados internacionais”.

A empresa liderada por Duarte Pinto refere ainda que “está em curso o primeiro ano de implementação do plano estratégico de médio prazo (2012- 2014) para a Sumol+Compal, o qual norteia os objectivos de desenvolvimento de negócio, com vista à melhoria da rendibilidade das operações e a uma criação de valor que remunere de forma adequada os accionistas e cumpra as expectativas dos restantes stakeholders em relação à Sumol+Compal”.

Quanto aos mercados de bebidas de alta rotação em que a S+C opera deverão, neste exercício, em Portugal, apresentar “decréscimos, muito influenciados pelo agravamento da fiscalidade dirigida a estes mercados e por um ambiente económico geral desfavorável”.

Neste contexto, a companhia perspectiva uma “continuada pressão sobre a evolução dos preços de venda”, admitindo que procurará “contrariar este enquadramento negativo em Portugal, mantendo-se um ritmo apreciável de lançamento de inovações nas diferentes marcas da carteira e explorando-se as oportunidades ainda existentes”.

Por último, nos mercados internacionais, a Sumol+Compal admite “continuar a crescer, beneficiando de enquadramentos favoráveis e do reforço da aposta estratégica nestes mercados”.

 

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