Consumo alimentar, bebidas, drogaria e perfumaria resistem à crise em Espanha

O sector de Fast Moving Consumer Goods (FMCG) parece ter resistido à crise no país vizinho. Pelo menos, são essas as indicações que os dados da Kantar Worldpanel revelam. Segundo a consultora, o sector de bens de consumo (alimentar, bebidas, drogaria e perfumaria) fechou o ano de 2011 com um ligeiro aumento do volume de negócios de 1,7%, o que é explicado por um aumento de 1,1% dos produtos comprados pelas famílias espanholas e o preço crescente da cesta de compra.

No cenário actual de crise, os supermercados orientados para o preços como a Mercadona e lojas de desconto (Dia, Lidl, etc.), ganharam 1,4 pontos percentuais (p.p.) de quota de mercado, atingindo os 30,7%, enquanto a Marca Própria chegou aos 32,5%, correspondendo a mais um p.p..

No mercado de grande consumo, a Kantar refere a existência de sectores com um crescimento anual bem acima da média como, por exemplo, produtos de carne (+16,3%), pizzas (+9,2%), sopas e purés (+9%) ou café e chá (+8,4%).

A inovação é, segundo a consultora, o motor dos mercados que mais crescem, salientando que as marcas são fundamentais para a condução de toda a indústria, já que quase metade das inovações (45%) são feitas pelos principais fabricantes.

A Kantar identificou, também, as 30 marcas que mais se relacionam com o consumidor e que concentram 11% dos gastos com bens embalados num total de 4,733 mil milhões de euro, em 2011.

Activia, Campofrío, Central Lechera Asturiana, Coca Cola, ElPozo e Puleva, encabeçam o Top 30, seguindo-se marcas como Leche Pascual, Pescanova, Actimel, Evax, Friskies, Vitalínea, Nestlé, El Caserío, Don Simón, Fanta, iogurtes básicos Danone e Oscar Mayer. Além disso, foram também identificadas marcas como Fairy, Sanex, Philadelphia, Danet, Bimbo, Gillette, H&S, Cruzcampo, Aquarius, Danonino, Casa Tarradellas e La Lechera.

A Kantar refere ainda que 99,6% dos lares compram pelo menos uma destas marcas, numa média de 35 vezes ao ano, garantindo a consultora que, os lares que compram mais marcas, consomem mais que os menos marquistas.

Além disso, a consultora diferencia 10 tipos diferentes de cozinha entre os lares espanhóis, de acordo com seus hábitos alimentares (tradicional, comida saudável, boa cozinha, “slow food”, improvisada, “ready to eat”, prato único, rápido, “fun taste” e não complicada), concluindo que os lares mais envolvidos na cozinha gastam mais 2.000 euros no carrinho de compras e compram menos Marcas da Distribuição.