Heineken aumenta lucros e vendas e anuncia plano de cortes
A Heineken, companhia cervejeira que detém a Sociedade Central de Cervejas e bebidas (SCC), anunciou um aumento dos lucros de 9,2% em 2011 em relação ao exercício anterior de 2010, para os 1,58 mil milhões de euros, reflectindo o aumento do EBIT (resultado operacional) e menores custos financeiros.
A terceira maior cervejeira mundial e dona das marcas Heineken, Sagres, Amstel, Bavaria, Sol, Foster’s, Stongbow ou Cruzcampo, refere, contudo, que o resultado líquido registou uma quebra de 1,2% para 1,43 mil milhões de euros quando contabilizados os ganhos extraordinários de 2010.
Em termos de receitas, a cervejeira holandesa cresceu 6,1% para os 17,1 mil milhões de euros contra os 16,1 mil milhões de há um ano, registando, em volume, uma evolução de 11% para os 213,9 milhões de hectolitros.
Quanto ao mercado nacional, a Heineken refere, em comunicado que “o mercado de cerveja em Portugal decresceu em 2011, reflectindo os gastos reduzidos do consumidor após a imposição de aumento de impostos e cortes nos gastos do Governo em resposta à crise económica vivida no país”. No comunicado lê-se ainda que “o volume de cerveja doméstica em Portugal diminuiu em linha com o mercado, reflectindo principalmente o menor volume no canal on-trade com o EBIT a decrescer devido ao menor volume e mix negativo”.
A cervejeira, que previa um lucro líquido estável, revelou-se cautelosa relativamente ao fraco Verão, particularmente na Europa, quando ainda não estava claro se a quebra no consumo se devia ao mau tempo registado no Continente ou pela reduzida confiança do consumidor.
No comunicado, Jean-Francois van Boxmeer, presidente-executivo da Heineken, refere que “no início de 2011, dissemos que iríamos aumentar significativamente o investimento nossas marcas e em inovação para impulsionar o crescimento em valor e volume a longo prazo. Esta estratégia ajudou-nos a obter um crescimento orgânico e de receita em todas as regiões”.
Para 2012, o responsável da cervejeira admite que continuará a “investir nas marcas e capacidades globais de negócios em toda a Empresa. Vamos também investir em mercados emergentes para manter o nosso ritmo de crescimento. Na Europa, vamos continuar a alavancar nossa posição de liderança através da nossa estratégia de crescimento de valor”.
Certo é que a Heineken lançou mais um plano de corte de custos, no valor de 500 milhões de euros, depois de ter economizado 614 milhões de euros no programa anterior de três anos.