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Logística é pedra basilar no sucesso do e-commerce

Por a 6 de Fevereiro de 2012 as 14:09

Dispensa o investimento na abertura ou aluguer de um espaço físico. Isenta as despesas associadas à manutenção da infra-estrutura, como o consumo de energia ou de água. E facilita o acesso aos mercados externos.

 

As lojas virtuais estão na berra porque permitem abrir um estabelecimento comercial sem um investimento inicial de grande envergadura e porque possibilitam vender a preços mais acessíveis. Mas também porque o consumidor está mais predisposto a fazer compras através do comércio electrónico.

As perspectivas para o sector são optimistas. A IDC estima que o volume de negócios acumulado do comércio electrónico em Portugal atinja 20 mil milhões de euros em 2015, ou seja, 11,8% do PIB (Produto Interno Bruto), um crescimento médio anual de 7,5% em cinco anos. De acordo com a consultora, o nosso País tem cerca de 1,7 milhões de compradores online. E cada um deles gasta anualmente 1.541 euros nos sites de e-commerce.

Apesar das perspectivas cor-de-rosa, os resultados vão depender da qualidade do serviço prestado aos consumidores, como explica Olivier Establet, administrador-delegado da Chronopost. “Uma encomenda online que não chega ao destino deixa o cliente insatisfeito e é um péssimo negócio para o comerciante da rede, porque, além de perder receita e suportar custos desnecessários, desperdiça ainda uma oportunidade para fidelizar o consumidor”.

A logística tem, por isso, um papel crucial no desenvolvimento deste sector. Como o mercado nacional de transporte expresso atingiu a fase de maturidade, os operadores logísticos encontraram no comércio electrónico uma oportunidade para dinamizar o negócio em Portugal e redobraram a aposta neste sector.

Segundo Manuel Paula, director B2C (consumo doméstico) da ACEPI (Associação Comércio Electrónico e Publicidade Interactiva), “os investimentos em logística deverão, acima de tudo, contribuir para um serviço mais barato, rápido e eficiente e, em consequência, para ganhos de competitividade no mercado. As inovações a que assistimos visam, sobretudo, a simplificação de processos, a integração de sistemas e um acompanhamento mais próximo de todo o circuito” – (ver entrevista).

Ao longo desta semana, o Hipersuper vai publicar online um artigo diário sobre as apostas, a estratégia e as expectativas das principais empresas de logística com operação em Portugal:

Adicional Logistics (terça-feira)

Chronopost Portugal (quarta-feira)

MRW (quinta-feira)

Seur (sexta-feira)

 

Três perguntas a…

Manuel Paula, director da ACEPI

A segurança nas transacções e a política de privacidade estão relacionadas com principais barreiras à compra online, considera Manuel Paula, director da área de consumo da Associação Comércio Electrónico e Publicidade Interactiva

Como prevê que evolua o comércio electrónico este ano?

Considerando que o acesso à Internet continuará em crescendo, muito por via do segmento móvel, e que há cada vez mais agentes a operar no comércio electrónico, é de prever que o volume de vendas continue a subir. No entanto, e dada a conjuntura macroeconómica que vivemos, que tem gerado uma importante retracção no consumo, pensamos que também terá repercussões no e-commerce, abrandando o ritmo de crescimento a que temos assistido no passado recente.

Que desafios enfrenta este sector?

Tendo em conta que os níveis de acesso e utilização de Internet continuarão a crescer no nosso País, os principais desafios são ultrapassar as barreiras à compra online. Essas barreiras estão relacionadas com a segurança nas transacções e a política de privacidade.

Por outro lado, é de grande relevância que as empresas portuguesas entendam o comércio electrónico como uma importante oportunidade de venda dos produtos e serviços no exterior.

Que novidades os operadores logísticos têm trazido a este mercado?

O sucesso do comércio electrónico depende, em larga medida, da eficácia da operação logística que o suporta. Os investimentos em logística deverão, acima de tudo, contribuir para um serviço mais barato, rápido e eficiente e, em consequência, para ganhos de competitividade no mercado. As inovações a que assistimos visam, sobretudo, a simplificação de processos, a integração de sistemas e um acompanhamento mais próximo de todo o circuito.

 

 

 

 

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