CEO do Carrefour diz que operação no Brasil não é para vender

Depois de vários rumores de que a Wal-Mart estaria interessada na compra da operação do Carrefour no Brasil, depois de este não ter conseguido a fusão com o grupo Pão de Açúcar, Lars Olofsson, CEO da Carrefour, referiu ao jornal O Estado de São Paulo que “O Carrefour no Brasil não está à venda”, reforçando a ideia com o facto de “não estou em conversações com a Wal-Mart”.

O jornal francês La Tribune revelara recentemente que a Wal-Mart teria, inclusivamente, contratado os serviços da UBS para auxiliá-la na compra do Carrefour no Brasil.

No entanto, o responsável máximo pelo segundo maior retalhista mundial admitiu estar aberto a possíveis parcerias no mercado brasileiro, referindo que “se alguém desejar ser meu parceiro, de modo a fortalecer o Carrefour, estou pronto para analisar a propostas. Estou a aberto a tudo que possa reforçar o Carrefour no Brasil”.

Na entrevista ao jornal brasileiro, Olofsson indicou que a insígnia de hipermercados low-cost e cash&carry do Carrefour no Brasil (Atacadão) foi responsável por 50% das vendas e 75% dos lucros obtidos pelo grupo no país. Além disso, Olofsson salientou que o interesse na fusão com o grupo Pão de Açúcar continua a manter-se. “A proposta [de fusão] foi reconhecida como sendo boa para quase todos os intervenientes”, admitiu o CEO do Carrefour. “Existem fortes sinergias e aspectos complementares que poderão resultar de tal operação. Não ficaria surpreendido se [o grupo Pão de Açúcar] estivesse a pensar – como é que poderemos tornar isto possível?”

Relembre-se que, em Junho passado, Abílio Diniz, chairman da Companhia Brasileira de Distribuição, parceiro do grupo Pão de Açúcar, detido pela Casino, propôs a fusão com o Carrefour Brasil, tendo a proposta sido recusada pela Casino.