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CFO ‘s do retalho cautelosamente optimistas

Por a 13 de Maio de 2011 as 12:15

Um recente inquérito realizado mundialmente pela KPMG concluiu que os responsáveis executivos do universo do retalho esperam recuperações modestas da performance financeira no sector ao longo de 2011, à medida que o consumidor continua cauteloso e aumentam os custos.

Somente 24% os retalhistas inquiridos em todo o mundo revelaram esperar uma melhoria significativa nas suas performances financeiras face a 2010, salienta o estudo da KMPG que consultou 152 Chief Financial Officers (CFO) e outros executivos financeiros.

Por sua vez, 51% dos executivos consultados, prevêem alguma recuperação lenta nos resultados financeiros, enquanto 9% estimam mesmo uma quebra.

“Existe um sentimento de que irá haver crescimento, mas esse mesmo crescimento será ‘encoberto’”, referiu Mark Larson, KPMG’s global head of retail, numa entrevista à imprensa norte-americana durante a apresentação do inquérito.

Enquanto 18% os inquiridos revelaram ver uma evolução sustentada na procura por parte do consumidor, 54% espera que essa evolução, ou melhor, recuperação ainda aconteça esta ainda, e 24% estimam que essa procura sustentada e consequente recuperação não acontecerá antes de 2012.

De forma global, os responsáveis executivos ouvidos pela KMPG prevêem que o maior crescimento nas vendas se registe na Ásia, seguida, de perto, pelos EUA, referindo Larson que “não se verificou pessimismo em relação a nenhuma região específica”.

De qualquer forma, o relatório da consultora admite que os lucros dos retalhistas continuarão a estar sob pressão, muito devido aos custos mais altos inerentes à actividade. 58% dos que responderam ao inquérito admitiram que as suas cadeias terão dificuldades em aumentar preços durante o actual exercício, enquanto 41% revelaram ser difícil manter as margens.

Com os custos em merchandising a ameaçar as margens, bem como os descontos e incentivos, o aumento das commodities é uma preocupação crescente na mente dos decisores do retalho. “É certo que alguns custos desceram, mas os CFO’s esperam uma maior volatilidade no futuro que, consequentemente, criará incertezas quanto aos planos a traçar”, salienta o responsável pela autoria do inquérito.

Os retalhistas estão, actualmente, a investir em tecnologia abrangente, desde sistemas que os ajudem a decifrar dados de consumidor até a software que permita às cadeias expandir o negócio para áreas como as redes sociais, mobile e online shopping para impulsionar as vendas.

De referir que este inquérito foi realizado nos primeiros três meses de 2011, tendo sido actualizado em Abril devido aos impactos que a instabilidade no Médio Oriente e o tsunami e consequente desastre nuclear criaram. Concluindo, 64% inquiridos revelaram que estas crises tiveram pouco ou mesmo nenhum impacto nas suas operações, enquanto 5% admitiram ter sentido impacto profundos.

 

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