Distribuição

Depois dos BRIC, agora é a vez dos CIVETS

Por a 27 de Abril de 2011 as 16:57

Depois dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) se terem revelado como estratégicos na internacionalização das cadeias de retalho, os mercados que compõem o CIVETS (Colômbia, Indonésia, Vietname, Egipto, Turquia e África do Sul) são destinos relevantes para as empresas de moda globais na sua rota expansionista.

Ira Kalish, director de economia global da Deloitte Research, analisou os mercados que compõem o CIVETS. No relatório, o responsável da consultora refere que a Colômbia “é o único país na América do Sul que não teve muita atenção na última década, não tendo recebido a atenção que Brasil, Argentina e Chile receberam, devido à guerra contra a droga, constituindo um lugar perigoso”.

Segundo Kalish, essa realidade mudou e os retalhistas estrangeiros “estão agora a olhar para a Colômbia como uma nova fronteira. É um lugar relativamente jovem, onde o crescimento económico está a acelerar e onde existem muitos frutos para colher”, concluindo que “o crescimento da classe média deverá ser significativo”.

Já quanto á Indonésia, frequentemente chamada de o quinto BRIC, com mais de 200 milhões de habitantes e uma população relativamente jovem, Kalish. Refere que o país “parece agora ser mais estável do que era. É uma democracia e a economia está a evoluir muito bem”. No Vietname, por sua vez, “mercado frequentemente comparado com a China de há 20 ou 25 anos”, Kalish admite que está a crescer “muito rapidamente”.

“O crescimento da economia está a atrair um grande número de investimentos estrangeiros, tanto no fabrico como no retalho”, revela o director de economia global da Deloitte Research no seu documento, salientando que “o país tem um sector de retalho muito fragmentado, mas a possibilidade de os retalhistas estrangeiros entrarem e desenvolverem algo é muito interessante”.

Egipto e Turquia aparecem caracterizados de forma diferente. Ou seja, enquanto o Egipto está a sair de uma revolução, mas onde o desempenho económico tem sido “muito bom”, Kalish coloca o tónico na incerteza que a revolução poderá criar no país: “poderá tornar-se numa democracia estável, com um forte crescimento económico ou poderá deslocar-se na mesma direcção do Irão”. Já a Turquia, que possui laços estreitos com a Europa, a possibilidade do país se tornar membro da União Europeia num curto espaço de tempo é visto como vantajoso por Kalish, reconhecendo que “ é claramente um mercado muito atraente no futuro”.

Finalmente, com África, em geral, a começar a atrair investidores, pela primeira vez em 50 anos, Kalish acredita que “vamos ver mais investimento estrangeiro no mercado sul-africano de retalho”.

 

 

 

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