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Paralisação dos transportes penaliza fortemente fileira do leite, diz ANIL

Por a 15 de Março de 2011 as 17:48

A Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL), em nome de todas as empresas lácteas nacionais, veio, em comunicado, demonstrar a sua “ crescente preocupação” relativamente às consequências da paralisação do sector dos transportes sobre toda a fileira do leite.

Salientando que se têm “multiplicado as informações provenientes de diferentes empresas associadas, dando conta das crescentes dificuldades para proceder à recolha do leite nas explorações leiteiras e os sucessivos obstáculos ao transporte dos produtos terminados e sua entrega nos locais de destino, a associação recorda “os fortes prejuízos, nunca ressarcidos”, que a paralisação de 2008 causou às empresas de lacticínios e ao conjunto da fileira do leite.

Destacando tratar-se de um produto “altamente perecível”, a ANIL recorda que a capacidade de armazenamento das próprias unidades industriais depende do escoamento, para o mercado, dos produtos terminados que diariamente são aí fabricados. “Não basta pois, receber o leite da produção, há que o transformar e colocar no mercado, para haver novamente espaço para o receber e transformar”, diz a ANIL no comunicado.

Além disso, a ANIL salienta também outras matérias, como, por exemplo outros ingredientes ou os materiais de embalagem, cuja ausência impede que o processo de transformação se desenvolva e que o ciclo do produto decorra sem sobressaltos.

Realçando que a fileira do leite atravessa actualmente um período de “fortíssimas dificuldades”, sendo que esta paralisação gerará “elevados prejuízos ao sector, seja pelas dificuldades do levantamento de leite das explorações e de encaminhamento desse leite para as unidades industriais, seja pela dificuldade de fazer sair os produtos das fábricas e os encaminhar para os circuitos comerciais”, a ANIL pede uma “rápida resolução das questões que permitam a desmobilização desta paralisação e o retomar da normal actividade por parte do sector”.

Não questionando a legitimidade destes protestos, “não implica que seja minimamente aceitável que desses protestos resultem por acção dos transportadores e por inacção das autoridades, avultados prejuízos a sectores alheios à paralisação”, lê-se no comunicado da associação.

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