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Paralisação dos transportadores pode parar fábrica da Nestlé

Por a 15 de Março de 2011 as 17:04

A Nestlé poderá ver-se obrigada a interromper a produção na fábrica de Avanca, unidade de onde saem mais de 31 mil toneladas anuais de produto (Nutrição, Bebidas, Nestlé Professional e Cereais de Pequeno-almoço), admitiu hoje [Terça-feira] António Reffóios, administrador-delegado da Nestlé Portugal.

Esta paragem na produção tem como razão a falta de paletes, avançando o responsável da companhia que na Segunda-feira, dia 14 de Março, dos 40 camiões que saíram da fábrica, só oito chegaram ao destino.

“Caso a situação não se resolva dentro das próximas 24 horas, seremos obrigados a parar a produção”, disse Reffóios num encontro com os jornalistas, revelando que a fábrica possui uma capacidade de stock para dois dias.

Tendo solicitado já escolta à Guarda Nacional Republicana, o administrador-delegado da Nestlé admitiu ter sido “apanhado de surpresa” por esta paralisação, ao contrário do que aconteceu em 2008.

Preocupante é para António Reffóios, igualmente, a situação relativamente a uma possível mexida na taxa do IVA, deixando a pergunta: “afinal quais são os produtos básicos”. Destacando a solução encontrada em Espanha – os produtos alimentares são todos taxados a 7% – Reffóios não encontra “qualquer racionalidade nas medidas do IVA”, afirmando mesmo que “esperar uma redução no IVA é o mesmo que acreditar na aparição de Nossa Senhora de Fátima”.

Já em relação ao aumento dos preços das matérias-primas e consequente repercussão nos preços dos produtos, o administrador-delegado da Nestlé disse que a companhia já aumentou, em Janeiro e Fevereiro, os preços entre 4 e 6%, tendo chegado mesmo aos 7% no caso dos cafés. “Se os preços não aumentam, a indústria vai ter de cortar E onde corta? No apoio às marcas”, concluindo que “nós não vamos desaparecer, mas existem muitas empresas pequenas que irão viver sérias dificuldades”.

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