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2011 conhecerá novo conceito de negócio da JM na Polónia e nova geografia

Por a 18 de Fevereiro de 2011 as 15:32

Na apresentação dos resultados da Jerónimo Martins (JM), realizada hoje [Sexta-feira], que “correram bem”, segundo o chairman do maior grupo retalhista português, Alexandre Soares dos Santos admitiu também que “estes resultados não são fruto do acaso ou pela sorte. A estratégia de internacionalização foi fulcral para chegarmos aqui e esta não demora um ou dois anos”, revelando que nos primeiros dez anos o retalhista “perdemos dinheiro”. Tivemos de convencer os polacos de que não estávamos no país para chegar, investir, lucrar e sair, mas que a nossa intenção era de ficar. Isso leva tempo”.

De resto, a conferência de imprensa da JM fica marcada pelo destaque dado à operação na Polónia, fazendo Alexandre Soares dos Santos várias vezes referência ao facto da “joaninha” ser líder no país. Situação que, aliás, o chairman da JM clarificou, desde logo: “não vale a pena pretender entrar em qualquer mercado para não disputar a liderança”. Ou seja, “ou somos ou segundos com fortes possibilidade de chegar à liderança”, destacando o facto de, na Polónia, a Biedronka vender quase o dobro do segundo player e salientando que “não queremos sequer dar a possibilidade do nosso concorrente pensar que tem hipóteses de nos atingir”.

Considerando que no caso da Biedronka “estarmos em vantagem porque somos líderes destacados”Soares dos Santos admitiu mesmo que, “se continuarmos a fazer as coisas bem feitas como até aqui, continuaremos a ser líderes durante muito mais tempo”.

O chairman da JM revelou ainda que a Polónia será alvo do lançamento de um novo conceito de negócio, escusando-se a dar mais pormenores, “até por causa da concorrência”:

Sendo certo que 2011 será o ano do anúncio de uma nova geografia, havendo três em análise, o actual CEO da JM, Pedro Soares dos Santos, admitiu que, “nos próximos anos, a Polónia continuará a ser o nosso motor de crescimento”.

Isto, no entanto, não quer dizer que a JM “desista do mercado português”, afirmou, mas o CEO da companhia admitiu “estarmos perante dois países e duas velocidades distintas: se Portugal estagnou e manter-se-á assim, a Polónia irá crescer”.

Esta disparidade entre os dois países é, aliás reflectida no CAPEX da companhia que irá investir entre 450 e 500 milhões de euros, em 2011, destinando 75 a 80% para o país de Leste. “Em Portugal seremos muito cautelosos com os nossos investimentos”, admitiu Pedro Soares dos Santos, salientando ainda que “não podemos por em causa os nossos resultados por causa dos investimentos em Portugal”.

Certo é que o CEO da JM admite que, dentro de 10 anos, as receitas da companhia em Portugal não deverão ir além dos “5 a 10%”, acreditando, contudo, que também daqui a uma década o mercado polaco possa estar “saturado. Por isso mesmo, temos de saber para onde iremos”, revelando Alexandre Soares dos Santos que a Ucrânia foi “abandonada”.

Deixada como uma possibilidade foi, também, a troca de bolsa, deixando o chairman da JM a hipótese de substituir Portugal por “outro país”, negando, no entanto, a dispersão do capital da Biedronka, até porque, segundo o mesmo, “o que está cotado é a holding [Jerónimo Martins SGPS, e não uma subsidiário”.

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