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E-commerce em expansão internacional

Por a 26 de Janeiro de 2011 as 14:30

De acordo com uma recente análise da Forrester, 2011 será o ano do e-commerce finalmente ultrapassar todas fronteiras e afirmar-se globalmente. A exemplo, a consultora destaca 2010, ano em que alguns retalhistas já começaram este movimento, como a Gap que lançou o seu site no Reino Unido e China, ou a Zara que lançou operações de e-commerce em seis países europeus.

Salientando que Canadá e Reino Unido ainda ocupam o topo da lista de destinos mais procurados pelos retalhistas norte-americanos, os mercados emergentes prometem agitar 2011.

Uma pesquisa da McKinsey indica que mais de 75% das empresas inquiridas esperam obter lucros das suas operações em mercados emergentes nos próximos cinco anos, indicando metade dessas mesmas empresas que o lucro deverá representar mais de 25% do total.

Segundo a analista da Forrester, Zia Daniell Wigder, são esperadas algumas tendências de e-commerce para 2011, destacando o “aumento das opções de envio internacionais, indicando que “estão a chegar ao mercado várias soluções tecnológicas que vão facilitar o envio de produtos pelo mundo”.

O analista da Forrester salienta ainda que, antes de expandir, é preciso melhorar a infra-estrutura interna. “As empresas não devem investir em novos mercados com uma estratégia ‘all or nothing’, já que, assim, desfocam-se do seu mercado doméstico para investir muito em novos locais”. Ora, Daniell Wigder sugere que “o ideal mesmo é aumentar a eficiência e infra-estrutura interna antes de ambicionar operações além fronteiras”, aconselhando que “antes de entrar com tudo, é preferível oferecer entregas via frete para perceber melhor o novo mercado”.

Outro tema que mereceu a atenção da Forrester foi a centralização dos departamentos responsáveis pelo e-commerce. “Muitos se fala sobre administrar localmente empresas multinacionais”, diz Daniell Wigder. “Facto é que hoje sabe-se que os modelos mais eficientes são uma mistura de regional com global, mas com uma administração centralizada”, referindo ainda que “as novas estratégias de expansão internacional têm tentado uma nova forma de modelo centralizado que usa a tecnologia para entender as nuances de cada mercado global”.

Quanto aos mercados mais apetecidos, a China aparece claramente no topo do ranking, apesar de nos últimos dois anos a maioria dos executivos ter marcado o Japão como o melhor destino de iniciativas de e-commerce na Ásia. A Forrester admite mesmo que, “com a maior população online do mundo – um mercado de quase 50 mil milhões de dólares [cerca de 37 mil milhões de euros], que cresce acima de 25% ao ano, a China tornou-se o único país capaz de rivalizar com os EUA a longo prazo”.

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