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Sonae triplica lucros

Por a 17 de Novembro de 2010 as 9:35

A Sonae registou no acumulado dos nove meses de 2010 lucros de 98 milhões de euros, correspondendo a uma subida superior a 300% face aos 32 milhões de euros obtidos no final do mesmo período de 2009, mostrando-se o seu CEO, Paulo Azevedo, “satisfeito” por a empresa “cumprir os objectivos de investimento, internacionalização e criação de emprego, ao mesmo tempo que reduzimos a dívida”, lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Quanto ao volume de negócios, o grupo detentora do Continente, Modelo, Worten, Zippy, Vobis, Centro Comercial Colombo e Vasco da Gama, informa que obteve um crescimento de 5,4%, passando de 4,066 para 4,286 mil milhões de euros, enquanto o EBITDA aumentou 6,6% para 493 milhões de euros e o EBIT para 260 milhões de euros (+16,3%).

No comunicado, a Sonae adianta que “reforçou o seu crescimento e rentabilidade, demonstrando a solidez dos seus negócios no mercado doméstico”, admitindo que esta performance foi acompanhada de “um reforço de quota de mercado nos negócios de retalho e da expansão significativa da presença internacional”. A companhia liderada por Paulo Azevedo destaca ainda o “contínuo crescimento no mercado espanhol”, além da concretização da entrada no mercado de retalho especializado no Médio Oriente através da “estratégia de capital ligh”t.

Por negócios, o negócio de retalho alimentar da a Sonae MC registou um aumento de 6% no volume de negócios, ao mesmo tempo que melhorou a rentabilidade, atingindo uma margem EBITDA sobre vendas de 6,3%.

Já a Sonae SR, unidade de retalho especializado, manteve um crescimento de dois dígitos de 15%, com uma presença crescente em Espanha e com a inauguração das primeiras cinco lojas na Arábia Saudita, destacando a empresa a crescente actividade na área internacional que se traduziu “num crescimento de 62% do seu negócio no exterior”.

Na Sonae Sierra, o valor criado em propriedades de investimento e em desenvolvimento na actividade de centros comerciais foi positivo em 4 milhões, “reflectindo a melhoria do desempenho dos centros comerciais detidos”.

Quanto aos investimentos feitos pela Sonae, lê-se no comunicado que o valor foi inferior ao dos primeiros três trimestres de 2009, atingindo os 278 milhões de euros (6% do volume de negócios), justificando a companhia este facto com “a adopção de uma estratégia de crescimento capital light e apesar do esforço de expansão da sua presença no mercado espanhol com os formatos de retalho especializado Worten, SportZone e Zippy.

Quanto ao futuro, a Sonae “continua cautelosa relativamente à situação económica global e à incerteza no que concerne ao desemprego e ao consumo privado na Península Ibérica”. No comunicado, o grupo liderado por Paulo Azevedo salienta que irá “continuar a procurar crescimento internacional, mantendo a rentabilidade operacional e reduzindo a dívida em termos absolutos e relativos”.

Certo é que nas contas do líder da Sonae, a companhia irá criar, “mais 2.000 empregos em Portugal e 1.000 em Espanha, duas economia que enfrentam particulares dificuldades de criação de emprego”.

Quanto à abertura das grandes superfícies aos domingos e feriados à tarde e o reflexo desta medida nas vendas, Luís Reis, administrador da Sonae, referiu à agência Lusa que “ainda é muito cedo para falar em números, mas os três domingos superaram as nossas expectativas, mas acho que o mais relevante é que tivemos inúmeras manifestações por parte dos consumidores, que dizem ‘até que enfim'”.

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