Pernod Ricard vê vendas diminuírem, mas lucros aumentarem

A Pernod Ricard registou uma quebra de 2% nas vendas no final do exercício 2009/2010, totalizando 7,081 mil milhões de euros, ou seja, menos 122 milhões que os 7,203 mil milhões alcançados no ano anterior. Apesar das contas indicarem uma descida nas receitas líquidas, o segundo maior distribuidor mundial de bebidas espirituosas refere que registou um crescimento orgânico de 2%.

Mas não foi só o crescimento orgânico que registou uma variação positiva. Também os lucros líquidos do grupo francês melhoraram, passando de 966 para 978 milhões de euros, correspondendo a uma subida de 1% face ao exercício 2008/2009.

Por regiões, a Pernod Ricard só registou um aumento de vendas na região Ásia/Resto do Mundo, aumentando as receitas em 12%, passando de 2,023 para 2,273 mil milhões de euros.

No mercado doméstico (França), as vendas caíram 2%, totalizando 721 milhões de euros no final do exercício 2009/2010, enquanto no restante mercado europeu, as vendas desceram 10% para 2,176 mil milhões de euros, contra os 2,417 mil milhões de período homólogo.

Já nos mercados das Américas as receitas caíram 6% para 1,911 mil milhões de euros na globalidade do ano fiscal.

As 14 marcas principais da Pernod Ricard – que correspondem a 55% das vendas globais do grupo – registaram um crescimento de 2%, em volume, e 4%, em valor, no final do exercício 2009/2010 face ao ano anterior. Duas delas (Martell e Jameson) cresceram a duplo dígito (12%), enquanto sete subiram – Absolut (+6%), Chivas Regal (+5%), Ricard (+1%), Beefeater (+1%), Havana Club (+5%), The Glenlivet (7%), Royal Salute (+1) – uma manteve estável – Perrier Jouet – e quatro obtiveram variações negativas nas receitas – Ballentine´s (-4%), Malibu (-1%), Kahlua (-1%) e Mumm (-7%).

Já o negócio dos vinhos também foi deficitário em termos de receitas, tendo caído 2%, com destaque para as descidas de Jacob´s Creek (-5%).

Por fim, as 18 marcas locais crescerem, globalmente, 4% em valor, destacando-se as marcas de whisky local na Índia (Royal Stag com subida de 30% e Blender´s Pride com 22%).

Para o exercício fiscal 2010/2011, Pierre Pringuet, CEO da Pernod Ricard, refere, em comunicado, que “as prioridades permanecem focadas no desenvolvimento das marcas Premium estratégicas, um contínuo investimento de marketing forte e redução da dívida”.