Opinião

Limpeza é sinónimo de Segurança, Qualidade e Rentabilidade

Por a 6 de Julho de 2010 as 10:00

As máquinas de vending, sobretudo as de venda de produtos alimentares, estão a conquistar “território”, entrando de forma tão subtil no nosso quotidiano que muitas vezes não nos apercebemos que estão a influenciar os nossos hábitos de consumo e, inclusivamente, a nossa dieta alimentar.

Centros comerciais, escolas, hospitais, o nosso próprio local de trabalho, têm dado as boas vindas a estes práticos aparelhos, convertidos num método eficiente de adquir ‘aqueles’ artigos que nos permitem saciar a fome ou sede de forma rápida e directa.

Contudo, reconhecer a sua utilidade é tão importante como reconhecer as suas necessidades de manutenção, fundamentalmente no que respeita às questões de higiene. Deverão estes aparelhos ser tratados de forma distinta de um estabelecimento comercial, especializado para a venda de produtos alimentares? A resposta é sim, o que não quer dizer que não exijam práticas de limpeza concretas que estão previstas e que são exigidas por lei.

Os procedimentos de limpeza adequados são determinantes para garantir a qualidade do produto e a preservação do equipamento. O impacto destes factores pode ser determinante para garantir o êxito ou fracasso do negócio e reforçar a imagem de marca dos produtos disponibilizados através deste sistema.

As normativas mais recentes relativas às questões de higiene e segurança alimentar adaptaram-se às especificidades desta área de negócio, exigindo que tanto instalações como as máquinas de venda automática mantenham, dentro dos níveis razoáveis do que é praticável e exequível, um grau de limpeza que diminua o risco de contaminação através de animais e parasitas. Esta exigência, definida no Capítulo III do Regulamento nº 852/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho de 209 de Abril de 2004 relativo à higiene dos géneros alimentícios, foi introduzida pela necessidade de regular este novo ‘canal de distribuição’ alimentar no nosso país.

Partindo do princípio de que os aspectos relacionados com a higiene e limpeza no vending ultrapassam largamente os critérios do bom senso, é imperioso que os processos utilizados sigam metodologias, técnicas e procedimentos específicos para as diferentes superfícies e mecanismos e que os operadores de vending tenham um conhecimento e formação adequada nesta matéria.

Estes profissionais lidam diariamente com dois tipos de sujidade, a sujidade visível e invisível (microrganismos que podem colocar em perigo a saúde pública), devendo utilizar uma metodologia eficiente que permita eliminar riscos para a saúde do consumidor, assegurar a preservação do equipamento e a qualidade do produto final.

Tomemos o exemplo do café: muitas vezes acusamos a marca pelo mau sabor do café quando, na realidade, a deterioração da qualidade pode ser resultado da má higienização da máquina. Uma limpeza regular das máquinas de café evita que os resíduos do café queimado e o óleo de café que se acumula nos circuito deteriore o sabor da bebida.

Em termos de vida útil da máquina, a limpeza regular é fundamental para reduzir a probabilidade de avarias e a necessidade de intervenções de fundo. Por outro lado, a utilização de produtos adequados ajuda a preservar os materiais, rentabilizando o capital investido nestes equipamentos.

Pelo exposto, parece óbvio afirmar que limpar de forma regular os equipamentos, é uma forma de reduzir as necessidades de investimento e proporcionar uma bebida segura e com qualidade.

Nuno Borlão, Especialista da Diversey

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