Opinião

Clima para a Mudança – Grandes Domésticos

Por a 11 de Junho de 2010 as 10:07

Fora de Portas

A evolução dos grandes domésticos em 2009, a nível mundial, foi marcada por duas tendências distintas, com os países auditados no hemisfério sul a apresentarem, na sua generalidade, crescimentos e os países do hemisfério norte a registarem quebras importantes.

Na Europa, apesar das tendências negativas comuns, pudemos observar comportamentos diferenciados a Ocidente e a Leste. Nos países ocidentais, o período de maior impacto teve início no último trimestre de 2008 e prolongou-se até ao final do primeiro semestre de 2010, com quebras entre os 4,5% e os 7% em unidades. Já nos países de Leste (excluindo Rússia e Ucrânia) a situação começou a agravar-se mais tardiamente: registaram-se decréscimos sucessivos desde o final de 2008 mas pouco acentuados no início e acima dos 20% no último quadrimestre de 2009.

Produto a Produto

Na Europa Ocidental, todos os grandes domésticos apresentaram tendências negativas em 2009, traduzindo-se numa quebra total de 2,9% em unidades.

Em Portugal, os congeladores e os produtos de roupa constituíram a excepção a este cenário. No primeiro caso, com crescimentos de 3%, e no segundo, com 2% para máquinas de lavar roupa e 10% para secadoras, em facturação. Os restantes produtos acompanharam as tendências europeias, com os frigoríficos e as máquinas de lavar louça a cair 4% em valor.

Os produtos de encastre foram os mais afectados: os fornos e exaustores tiveram a sua facturação nacional reduzida em 7% e as placas em 4%.

Novas Tendências

Em 2009, surgiram pela primeira vez, no mercado nacional, frigoríficos com classificação A++ e, nas máquinas de lavar roupa, houve um aumento do peso de produtos mais eficientes que a classe A.

Face a uma maior pressão junto do consumidor para que opte por equipamentos mais eficientes, cabe aos players do mercado comunicar os benefícios tangíveis de forma clara e objectiva. Por exemplo, traduzir o consumo energético num valor em Euros ajuda o consumidor a perceber se o investimento inicial é compensado em poupança de custos energéticos ao longo da vida útil do produto.

Assumir este papel pedagógico é fundamental para fabricantes e retalhistas porque o incremento da procura de produtos mais eficientes revela-se uma importante oportunidade de aumento do valor gerado pelas suas vendas.

Paula Guerra, MDA Product Manager da GfK

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