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Vendas da Sumol crescem 5,3% em contraciclo

Por a 28 de Maio de 2010 as 14:10

A Sumol+Compal registou no primeiro trimestre de 2010 um aumento de 8,1% no volume de negócios face a igual período do ano passado, totalizando 70,5 milhões de euros. No que diz respeito às vendas, a empresa anuncia uma subida de 5,3% para 65,1 milhões de euros, com as receitas em território nacional a evoluírem 5,3%.

As vendas para os mercados internacionais tiveram uma evolução mais positiva do que nos últimos trimestres, pois não obstante a crise que se vive nos vários mercados mundiais, cresceram 5,5% para 13,5 milhões de euros. O valor das prestações de serviços evoluiu em cerca de 58,5%, para 5,4 milhões de euros, fruto da execução de um contrato pontual de prestação de serviços na área dos vegetais.

A margem bruta cresceu 6,8% para 39,1 milhões de euros, correspondendo a 55,5% do volume de negócios.

Considerando que os mercados de bebidas de alta rotação “continuaram a ser influenciados no primeiro trimestre por um ritmo da actividade económica relativamente lento, o que implicou uma quebra na dinâmica do consumo privado, e também por condições climatéricas pouco favoráveis”, a Sumol+Compal registou, em Portugal, um aumento de 12,2%, em volume, alcançando 59,9 milhões de litros, com os refrigerantes a crescerem em 23,1% e as bebidas nutricionais a progredirem 4,1%. Já as águas evoluíram positivamente em 4,5% tendo as cervejas apresentado também uma evolução positiva de 3,6%.

Já nos mercados internacionais verificou-se, em volume, um crescimento de 5,4%, em relação ao período homólogo do ano anterior, atingindo-se 20,2 milhões de litros. Não obstante os “enquadramentos macroeconómicos genericamente desfavoráveis” apontados pela empresa, as vendas para todos os espaços geográficos para onde exporta aumentaram, com excepção de Angola onde se verificou um decréscimo.

“Com uma capacidade reduzida de subida dos preços, fruto de uma procura pouco dinâmica e de um ambiente competitivo bastante agressivo, o preço médio de venda global decresceu”, informa a Sumol+Compal, em comunicado. “Esta evolução decorre de evoluções desfavoráveis de mix de produtos e de canais, bem como de um aumento da actividade promocional. Como houve ganhos líquidos nos preços de aquisição de algumas matérias-primas e outros materiais, estes contribuíram para aquela subida de margem”, refere a empresa.

Com a reestruturação concluída, os gastos com pessoal cifraram-se em 9,1 milhões de euros, uma redução significativa, uma vez que estes gastos tinham sido de 13,4 milhões de euros no primeiro trimestre do ano anterior.

Os resultados operacionais (EBIT) progrediram para 6,3 milhões de euros, enquanto o cash flow operacional (EBITDA) atingiu 10,4 milhões de euros, mais que duplicando em relação ao mesmo período do ano anterior.

Quanto às perspectivas futuras, os responsáveis da Sumol+Compal refere que “este exercício será particularmente dedicado ao desenvolvimento do negócio, após a conclusão da reestruturação e consolidadas as operações. Todavia, procurando sempre alcançar vantagens competitivas duradouras analisar-se-ão novas oportunidades de optimização dos processos, isto obviamente sem perder de vista o equilíbrio necessário com os objectivos de desenvolvimento do negócio”.

Assim, durante 2010, a Sumol+Compal “procurará identificar parcerias estratégicas que contribuam para a consolidação do negócio em Portugal e para o crescimento nos mercados internacionais”.

Com o início da implementação do primeiro plano estratégico de médio prazo (2010-2012), o qual norteará os objectivos de desenvolvimento de negócio, com vista “à melhoria da rendibilidade das operações e a uma criação de valor que remunere de forma adequada os accionistas e cumpra as expectativas dos restantes stakeholders em relação à Sumol+Compal”, a empresa admite que nos mercados de bebidas de alta rotação em que a opera deverão, neste exercício, “manter os padrões de evolução experimentados em períodos recentes, muito influenciados por um ambiente económico geral desfavorável”.

Neste contexto, a Sumol+Compal perspectiva uma “continuada pressão sobre a evolução dos preços de venda”.

A empresa, no entanto, garante que para “contrariar esta tendência”, a Sumol+Compal manterá “um ritmo apreciável de lançamento de inovações nas diferentes marcas da carteira, explorando as sinergias de rendimentos que decorrem da nova realidade empresarial e beneficiando agora integralmente das sinergias de gastos já anteriormente anunciadas e que neste exercício, face a 2008, deverão ascender a cerca de 13 milhões de euros”.

Quanto à decisão da Autoridade da Concorrência (AdC) relativa à notificação da venda da marca Sucol e das formulações de Sumol 100% Sumo, Sumol Néctar e Sumol Néclight às empresas Diviril Indústria, S.A. e Melo Abreu, S.A., por um preço “inexpressivo”, a empresa informa que esta alienação “não impacta materialmente os resultados da Sumol+Compal”, já que os activos a alienar não estão “valorizados no activo da empresa e o valor de venda ser imaterial”.

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