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Vendas Carrefour aumentam 5,5% no 1.º trimestre

Por a 16 de Abril de 2010 as 15:25

Pressionados pela necessidade de clarificar a estratégia europeia para a o grupo, mais concretamente, a possível saída de mercados como o português e redefinições na Bélgica, os responsáveis do Carrefour apresentaram ontem (Quinta-feira), os resultados do segundo maior retalhista mundial – atrás da Wal-Mart – relativamente ao primeiro trimestre do exercício 2010.

Nos primeiros três meses de 2010, o Carrefour registou um aumento nas receitas de 5,5% face a igual período de 2009, tendo totalizado 23,961 mil milhões de euros contra os 22,717 mil milhões de há um ano.

Esta performance foi alcançada sem que nenhuma das regiões onde actua o segundo maior retalhista mundial tivesse registado uma evolução negativa, destacando-se, claramente, o comportamento do mercado latino-americano onde o Carrefour cresceu 30,8% para 3,827 mil milhões de euros quando há um ano as receitas da operação não chegavam aos 3 mil milhões de euros.

De resto, foi na América Latina que, por país, o Carrefour alcançou os maiores crescimentos, com o Brasil a evoluir 40,5% para 2,7 mil milhões de euros, a Colômbia a alcançar 394 milhões de euros fruto do crescimento de 30,5% e, finalmente, a Argentina a subir 4,2% para os 732 milhões de euros.

O maior mercado do Carrefour – França – teve um crescimento mais modesto, tratando-se, obviamente, de um mercado mais maduro que nunca alcançará os crescimentos dos mercados emergentes, tendo evoluído as vendas 2,1% para 9,792 mil milhões de euros, representando 41% das receitas totais do grupo.

Já na restantes Europa, excluindo França, o comportamento do maior retalhista do continente foi bem mais modesto, registando uma estagnação nas vendas, totalizando 8,062 mil milhões de euros. No Velho Continente, a Espanha continua a ser a maior operação do Carrefour, excluindo o mercado doméstico, ascendendo as vendas a 3,321 mil milhões de euros, correspondendo a uma descida de 1,2% face a igual período do ano passado. A maior quebra registada pelo Carrefour na Europa aconteceu na Bélgica, com as receitas a cair 6,2%, enquanto a maior subida foi verificada na Polónia (+19,4%).

Em relação à operação portuguesa, mais concretamente, Dia/Minipreço, o Carrefour indica uma quebra de 3,3% nas vendas face aos primeiros três meses de 2009, totalizando 213 milhões de euros contra os 220 milhões obtidos há um ano.

A terceira região operada pelo Carrefour – Ásia – obteve um crescimento de 6,9% nas receitas, totalizando 2,280 mil milhões de euros, com o maior mercado a estar situado na China (com vendas de 1,353 mil milhões de euros e um incremento de 7,9%). As melhores performances foram, no entanto, obtidas em solo malaio e indonésio, com aumentos de 12,8 e 17,5%, respectivamente.

Destacando a performance do Carrefour na América Latina e China, Lars Olofsson, CEO do grupo retalhista, informou que “o conselho de administração decidiu a aprovação de um plano de recompra de acções até 6%”, salientando que “este é mais um sinal de confiança no nosso plano de transformação”.

Em relação à estratégia para o mercado português e às 524 lojas Dia/Minipreço nada foi adiantado, sabendo-se, contudo, que esta decisão poderá vir na sequência da saída do retalhista da Rússia e alienação de algumas operações na Bélgica, com a estratégia de Olofsson a recair, fundamentalmente, nos mercados os o Carrefour é ou pode vir a líder.

Com um total de 15.537 lojas em 31 países, menos 124 que em Dezembro de 2009, a grande fatia de pontos de venda está nas lojas hard discount (6.475 unidades), seguidas pelas lojas de conveniência (4.698), supermercados (2.949), hipermercados (1.395) e cash&carry (144).

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