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Marcas de consumo aumentaram investimento mundial em PUB

Por a 5 de Abril de 2010 as 9:07

As marcas de consumo aumentaram o seu investimento em publicidade mais do que qualquer outra indústria durante o período de recessão, revela um recente estudo da Nielsen, apontando a consultora o crescimento da região asiática como um dos factores para esta situação, embora no restante mundo, os investimentos tenham registado quebras.

A Nielsen revela que em empresas de Fast Moving Consumer Goods (FMCG) como Unilever ou Procter&Gamble, os investimentos aumentaram 10,6%, em 2009, face ao ano anterior.

Dentro do mercado de FMCG, as bebidas registaram uma alta de 20,2 face ao ano anterior de 2008, enquanto os produtos alimentares e para o lar cresceram 11,6 e 12,8%, respectivamente. Os investimentos dos produtos de cosmética e higiene foram mais modestos ao longo do último exercício, registando um aumento de 4%, embora qualquer crescimento seja contrário ao da globalidade do mercado, estimando a consultora que este tenha caído entre 7 e 9%.

O estudo da Nielsen refere que os investimentos em marketing dos FMCG registaram um aceleramento dramático durante o ano de 2009, partindo de uma estagnação para um crescimento de 21,5% no quarto trimestre, realidade que apanhou a maioria dos analistas de surpresa.

Ao Financial Times, alguns analistas referiram que esta situação se deve a uma comparação com um período ainda pior, reflectindo, contudo, a rápida recuperação dos mercados emergentes, como China e Índia, países com mercados internos imensos.

De resto, a região da Ásia/Pacífico foi a única a registar um crescimento no sector dos media, avançam os dados da Nielsen, apontando um incremento de 6,6% face a 2008. A Indonésia, apesar de mercado ainda pequeno, registou o maior crescimento com 16,4%.

A China, enquanto um dos maiores mercados de media, registou um aumento de 14,9% no investimento publicitário.

A televisão foi a maior beneficiada pela recuperação da região asiática, registando um crescimento de 10,4%, enquanto a televisão na América do Norte e na Europa viram as receitas publicitárias caírem 5,6 e 2,8%, respectivamente. Também a rádio na Ásia aumentou a publicidade, enquanto os investimentos nos jornais manteve-se estagnada e nas revistas caiu 6,4%, reflectindo a luta da imprensa escrita em atrair o investimento das maiores marcas/empresas mundiais.

De acordo com o estudo da Nielsen, Espanha, Irlanda e Itália foram os países que mais sofreram com as quebras na publicidade.

Apesar do comportamento do mercado asiático, Michele Strazzera, deputy managing director da Nielsen’s Global Adview, refere ao diário norte-americano que “o mercado publicitário deverá necessitar de vários anos para recuperar. 2009 foi, provavelmente, o ano em que se atingiu o fundo e 2010 deverá manter-se estável. Assim, esperamos que 2011 seja o ano em que possamos verificar algum crescimento e talvez em 2012 poderemos ter investimentos ao nível de 2007”.

Tal como esperado, o estudo da Nielsen avança que os sectores automóvel, moda e financeiro, foram os que maiores reduções registaram nos orçamentos de marketing, em 2009, chegando a cortar a duplo dígito. Somente o retalho e os produtos de consumo aumentaram o seu investimento publicitário.

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