Destaque Distribuição

Poupança é palavra de ordem em 2010

Por a 18 de Março de 2010 as 18:13

Em 2010, os europeus não querem consumir menos mas querem consumir melhor.

Ou seja, os consumidores estão à procura de estratégias que lhes permitam manter o estilo e qualidade de vida com um orçamento familiar mais reduzido.

Um total de 64% dos europeus afirma que vai consumir de forma diferente em 2010.

Esta é uma das principais conclusões do Observador Cetelem 2010, o barómetro europeu que analisa o comportamento dos consumidores, que prova que a crise deixa marcas.

O aumento da vocação para a poupança é outra das principais tendências, sobretudo em Portugal. Assim, o preço continua a ser a variável primordial na decisão de compra. Logo de seguida, destaca-se a qualidade, que os portugueses recusam dispensar.

O comércio justo e os produtos ecológicos são factores muito valorizados pelos portugueses. Por exemplo, o papel reciclado já entrou nos hábitos de consumo dos portugueses, exemplifica Conceição Caldeira, responsável pelo Observador Cetelem.

Apesar de ser valorizado, o comércio justo ainda não está enraizado nos hábitos nacionais. “Os próximos anos vão dizer se esta é uma tendência que veio para ficar. Isto significa que estamos dispostos a fazer mais pelo nosso bem-estar do que pelo dos outros”.

A compra de bens em segunda-mão vai deixar de estar confinada ao sector automóvel porque se adequam na perfeição às exigências dos dias de hoje: adquirir produtos de qualidade a preços mais baixos, refere Conceição Caldeira. As áreas cultural/lazer (livros) e têxtil são actualmente as mais dinâmicas.

O e-commerce vai tornar-se um importante canal de distribuição  não só porque é uma forma de ultrapassar o baixo orçamento das famílias, já que permite fazer compras mais económicas, como também permite vender produtos e serviços, tornando-se numa forma de obter rendimentos.

As análises e previsões foram realizadas em Dezembro de 2009, em colaboração com o gabinete de estudos e consultadoria BIPE, com base num inquérito quantitativo levado a cabo em doze países: Alemanha, Bélgica, Eslováquia, Espanha, França, Hungria, Itália, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa e Rússia.

Cerca de 8.000 europeus foram questionados com amostras de pelo menos 500 indivíduos por país.

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