Distribuição

Vendas da JM ultrapassam os 7,3 mil milhões

Por a 15 de Janeiro de 2010 as 2:00

jm

De acordo com o relatório preliminar de vendas da Jerónimo Martins (JM), as receitas líquidas do grupo liderado por Alexandre Soares dos Santos e Luís Palha, chairman e CEO, respectivamente, atingiram os 7,317 milhões de euros, no exercício de 2009, correspondendo a uma subida de 6,1% face aos 6,893 mil milhões do ano 2008.

Por região de negócio, o retalho em Portugal obteve receitas de 3,528 mil milhões de euros, enquanto a operação na Polónia gerou vendas superiores a 3,724 mil milhões de euros.

As vendas totais do Pingo Doce registaram um crescimento de 12,8%, para 2,193 mil milhões de euros, incluindo já o contributo de 262,5 milhões de euros das antigas lojas Plus. Em termos like-for-like (vendas das lojas que operam sob as mesmas condições nos dois período, excluindo as lojas que abriram, encerraram ou sofreram remodelações profundas num dos dois período), as vendas da companhia cresceram 2,7% que, com uma deflação no cabaz de cerca de 5%, correspondeu a
um aumento de 8% dos volumes.

A JM destaca este desempenho like-for-like, dado ser “alcançado numa conjuntura de mercado desfavorável”, admitindo que estes indicadores “comprovam o sucesso da estratégia assente na competitividade de preços e eficiência de custos, auxiliada pela acrescida escala de operações, com especial atenção para categorias chave para os consumidores, nomeadamente nos produtos de marca própria”.

No Recheio, a operação cash&carry da JM, as vendas totais aumentaram 5,2%, atingindo os 688,5 milhões de euros, tendo as vendas like-for-like crescido 1,7%, representando uma subida superior a 4% nos volumes, considerando a deflação no cabaz de cerca de 3%.

“Este desempenho só foi possível devido à previsão antecipada de dificuldades em ambos os segmentos de negócio que a companhia fornece – retalho tradicional e Horeca”, salienta a JM no comunicado. “A companhia aumentou a sua quota de mercado, reforçando a sua liderança, devido ao investimento na qualidade, variedade e competitividade dos perecíveis e ao lançamento de uma marca própria para o segmento de retalho tradicional”.

Continuando em território nacional, na Madeira, o crescimento de 2,5% (que inclui uma evolução a dois dígitos dos volumes), a JM refere que este “é o resultado do reposicionamento de preço iniciado no 2.º Semestre de 2008, com impacto positivo na quota de mercado”.

Na Polónia, operação que já representa 50,9% do total das receitas do grupo nacional, a Biedronka obteve um volume de negócios superior a 16 mil milhões de zlotys (3,724 mil milhões de euros, crescendo 29,8% (5,8% em euros).

Em termos like-for-like, o crescimento das vendas foi de 8,3%, que corresponde a um aumento like-for-like de 12% nas categorias alimentares, representando as vendas das antigas lojas Plus cerca de 12% da facturação total.

Durante o ano de 2009, a JM realizou 163 aberturas de loja, “prosseguindo o ambicioso programa de expansão”, tendo terminado o exercício com 1.466 lojas.

De referir ainda que no cumprimento da decisão da Autoridade da Concorrência polaca, no âmbito do processo de aprovação da aquisição das antigas lojas Plus, a Biedronka alienou, em 2009, 38 lojas, tendo procedido, no âmbito da normal gestão do parque de lojas, a mais 18 encerramentos.

Na área da indústria, a JM destaca “o reforço da competitividade das marcas chave, que ocupam posições de liderança no mercado, e o crescimento das vendas em volume nas categorias de Chá Gelado (+4,1%), de Óleos Alimentares (+21,9) e de Gelados (+4,8%)”, tendo a evolução das vendas totais acabado por reflectir “a baixa significativa nos preços de várias categorias, resultante da significativa deflação das matérias primas”.

Nesta área, a JM registou uma quebra de 6,3% nas vendas, passando de uma facturação de 253 milhões de euros (2008) para 237 milhões de euros no final do exercício terminado a 31 de Dezembro passado.

Para o chairman da Jerónimo Martins, “o desempenho de vendas, em 2009, com crescimentos acima do mercado, reflecte a elevada competitividade dos nossos modelos de negócio e permite manter as expectativas da gestão relativamente ao crescimento dos resultados”.

Apesar de consciente de que em 2010 se manterá uma conjuntura macroeconómica difícil e exigente, Alexandre Soares dos Santos acredita que “o grupo está preparado para enfrentar os desafios e responder ao mercado com fortes propostas de valor para os seus consumidores”.

Finalmente, no que diz respeito ao último trimestre de 2009, as vendas da JM aumentaram 7% face a igual trimestre de 2008, totalizando 1,998 mil milhões de euros (no 4.º trimestre de 2008 o valor foi de 1,868 mil milhões de euros). O retalho em Portugal viu as receitas aumentarem 6% no período, enquanto a operação cash&carry cresceu 3,3% e na Madeira esse incremento foi de 5%. Já na Polónia, a Biedronka registou um aumento de 9,2% nas vendas no último trimestre de 2009.

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