Distribuição

Lucros dos gigantes do retalho em queda

Por a 15 de Janeiro de 2010 as 2:00

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Os lucros dos 250 maiores retalhistas do mundo sofreram com a crise económica global, apesar da subida registada ao nível da facturação, revela o Global Powers of Retailing 2010, realizado pela Deloitte.

De acordo com os números avançados pelo relatório, as vendas dos 250 maiores retalhistas do mundo registou um crescimento de 5,5% no ano fiscal 2008, totalizando 3,8 triliões de dólares (cerca de 2,6 triliões de euros). Contudo, a margem de lucro líquida desceu para 2,4% contra os 3,7% obtida no relatório anterior.

“Das 184 companhias que divulgaram os seus resultados, 30 operaram em baixa – mais do dobro das 14 do ano 2007”, refere o relatório da Deloitte, adiantando ainda que “123 companhias, mais de dois terços das companhias que sujeitaram as suas contas, viram as margens de lucro caírem em 2008”.

O Global Powers of Retailing 2010 mostra ainda que são os operadores de retalho alimentar a dominar o ranking dos 250 maiores retalhistas mundiais, quatro vezes mais que os operadores de retalho não alimentar.

Ira Kalish, director de consumer businees da Deloitte, refere que “a crise económica global expôs alguns desequilíbrios. A crise está a terminar e a recuperação está claramente a acontecer, mas o padrão global dos hábitos de consumo registados na última década não voltarão tão cedo”.

Kalish admite que a próxima década trará um “ambiente de negócio completamente diferente” tanto para retalhista como para fornecedores. “Não só o crescimento dos gastos efectuados pelo consumidor se transferirá geograficamente, como a própria natureza dos gastos será diferente. Em locais como os EUA ou Reino Unido, o crescimentos dos gastos no retalho não será só mais lento, como será focado na necessidade dos consumidores orientados para o valor e a transferência das quotas de mercado para os formatos discount poderá manter-se durante a recuperação. Por outro lado”, finaliza o responsável da consultora, “países como a China registarão crescimentos mais rápidos”.

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