Marcas, ajudem-nos

Uma das muitas conclusões saídas da Conferência “Consumidor – Comportamentos&Atitudes”, organizada pelo Jornal Hipersuper, em parceria com a APEME, Augusto Mateus&Associados (AM&A) e IPAM, foi que mais de metade dos consumidores portugueses, mais concretamente 55%, admitiram que as marcas revelaram pouca empatia com os problemas dos consumidores em tempo de crise.

Em contraponto, também mais de metade dos inquiridos pelas duas consultoras revelaram que foram as insígnias de distribuição que mais os ajudaram a ultrapassar estes tempos difíceis de crise e incerteza, muito devido às propostas oferecidas com as marcas próprias (MDD).

Ora, partindo do que os três convidados para a Mesa Redonda da conferência – Augusto Mateus (AM&A), José António Rousseau (APED) e Carlos Liz (APEME) – referiram, as marcas de fabricante terão de ajudar e criar esta empatia com o consumidor, não querendo isto dizer que não o estão a fazer, mas talvez não o estejam a comunicar da forma mais correcta.

Partindo do princípio que 2010 será ligeiramente melhor que o ano que agora termina, e sabendo que as MDD vão continuar a marcar, senão mesmo reforçar, a sua posição no mercado, a frase deixada por Augusto Mateus é bem exemplificativa, ou seja, “triunfarão as empresas que mais depressa perceberem o que mudou e o que o consumidor quer actualmente”.

E o que é que o consumidor quer actualmente? Mais qualidade ou menor preço possível. É simples? Talvez não, mas será por aqui que as marcas terão de ir e será este o grande desafio que enfrentarão – senão enfrentam já – no futuro.

Porque enganem-se os que pensam que a inovação nas MDD é uma moda passageira, até porque nas próprias palavras do director-geral da APED, José António Rousseau, “esta dinâmica veio para ficar”.

Para finalizar, quero em nome de toda a equipa do Jornal Hipersuper desejar a todos os nossos, assinantes, leitores e colaboradores um Feliz Natal e um Excelente 2010.

Até para o ano!