Distribuição

71% dos consumidores espanhóis repartem gastos pelas marca próprias e de fabricante

Por a 20 de Outubro de 2009 as 2:00

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De acordo com um recente relatório da Zenith Optimedia, a crise económica impulsionou o crescimento das marcas próprias da distribuição em Espanha, alcançando uma quota de mercado superior a 50%. Isto deriva do facto de que 71% dos consumidores repartem a sua cesta de compras entre produtos de fabricante e de distribuidor, refere o relatório “Impacto das mudanças na distribuição”.

A Zenith salienta que os consumidores espanhóis caracterizam-se por, num momento de dificuldades económicas e desaceleração do poder de compra das famílias, optarem por combinar os produtos tradicionais de fabricante com os que, segundo eles, são mais económicos.

Contudo, o relatório da consultora admite que, apesar dos preços das marcas de distribuição poderem ser até 30% mais baratas, não fidelizam o consumidor a determinadas insígnias, já que 68% se afirma fiel por “razões de qualidade de produto”.

“A qualidade é a principal razão tanto para confiar como para desconfiar. O preço fica para segundo lugar”, refere o director de marketing da Optimedia e responsável pelo relatório, Carlos Casado, à agência Europa Press.

Assim, cerca de 48% dos consumidores dizem que escolhem a insígnia em função das marcas que oferece, embora complemente a cesta de compras com produtos de outras superfícies.

O relatório salienta ainda que cerca de 62% dos consumidores rejeita as campanhas de publicidade que se centram na distinção das marcas próprias, com slogans do tipo “Não fabricamos para outras marcas”, assinalando que são “ineficazes para recuperar os clientes que estão a provar as marcas da distribuição”.

No que diz respeito aos anúncios que destacam a qualidade do produto, 33% dos que consomem marcas de fabricante sentem-se reforçados pelo valor acrescentado que o produto/marca/companhia oferecem, ao que se juntam as recomendações individuais (34%).

Desse modo, o relatório da Zenith conclui que as campanhas de comunicação das marcas de fabricante devem apostar na qualidade, já que numa futura recuperação económica “poderão atrair ou reforçar os consumidores”.

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