Distribuição

Lucros da Jerónimo Martins crescem 12,5% para 73 milhões

Por a 28 de Julho de 2009 as 2:00

jm

O grupo Jerónimo Martins registou lucros líquidos de 72,977 milhões de euros no primeiro semestre de 2009, correspondendo a uma subida de 12,5% face a igual período de 2008.

Em termos de volume de vendas, a companhia liderada por Alexandre Soares dos Santos e Luís Palha, chairman e CEO, respectivamente, obteve um incremento de 6,6%, totalizando 3,380 mil milhões de euros, ou seja, mais 209 milhões de euros que nos primeiros seis meses de 2008 (ver quadro resultados-jeronimo-martins.xls).

Já o EBITDA aumentou 10,2% para os 219,6 milhões de euros face aos 199,3 milhões de euros obtidos em período homólogo.

Relativamente às vendas, o grupo JM destaca, em comunicado, o crescimento de 3,7% das vendas like-for-like (LFL), “apesar de alguma deflação verificada no cabaz alimentar, confirmando a crescente adesão dos consumidores aos principais formatos de retalho do grupo. Na evolução das vendas totais, saliente-se o impacto positivo do plano de expansão executado nos últimos dois anos, com claros benefícios ao nível da própria rentabilidade. De facto, o reforço da área de venda, em 20%, verificado no primeiro semestre de 2009, com mais 330 lojas em operação face ao período homólogo do ano anterior, contribuiu para uma melhoria decisiva do desempenho operacional ao nível das sinergias de escala e eficiências de custos alcançadas, apesar das novas lojas estarem ainda em fase de aprofundamento da sua maturidade, abrindo boas perspectivas de um continuado crescimento dos resultados no futuro”.

Quanto aos mercados explorados pela Jerónimo Martins, as vendas líquidas de loja do retalho em Portugal atingiram os 1,180 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 12% em relação ao primeiro semestre de 2008, “não obstante a deflação alimentar ter acelerado ao longo do segundo trimestre”.

No Pingo Doce, informa a JM, o crescimento de 0,6% das vendas LFL revela “uma evolução dos volumes muito positiva, confirmando a crescente preferência dos consumidores pelas lojas de menor dimensão e pelas suas propostas de valor”.

O grupo refere ainda que “a tendência de aumento consolidou-se no segundo trimestre do ano, com as vendas LFL a crescerem 4,6%, beneficiando já de um mês de vendas de 44 lojas ex-Plus (de um total de 75 lojas adquiridas) e do efeito positivo de calendário relativo ao período da Páscoa”.

Já o Recheio registou um crescimento de vendas LFL de 2,2% e de 6,5% nas vendas totais, permitindo um crescimento de 4,4% do EBITDA gerado pela insígnia.

Na Indústria, as vendas em volume registaram, neste período, comportamentos positivos na maior parte das categorias de produtos, “em resultado do esforço de competitividade e do lançamento de novos produtos”, revelando a companhia que, apesar do valor das vendas ter registado uma evolução de -5,5%, “o investimento realizado na racionalização de custos permitiu um crescimento do EBITDA de 4%, com a respectiva margem a subir de 14,9% para 16,4%”.

Na Polónia, as venda LFL da Biedronka registaram um crescimento de 7,9% e as vendas totais a
cresceram 33,4%, em moeda local (+3,9% em euros).

De referir, que a maior parte dos analistas anteciparam lucros líquidos na ordem dos 70,8 milhões de euros, enquanto previam um EBITDA de 216 milhões de euros e vendas de 3,383 mil milhões de euros.

A companhia destaca, também, o crescimento de 29,2% em moeda local do EBITDA da Biedronka, tendo a margem EBITDA passado de 6,9% para 6,7%, devido ao aumento de alguns custos operacionais mais expostos à depreciação do zloty face ao euro (desvalorização de 22,1% na taxa de câmbio média para o período).

Quanto ao restante exercício de 2009 e perante o actual enquadramento macroeconómico, a Jerónimo Martins mantém “uma expectativa de prudente optimismo, justificada, desde logo, pelo notável desempenho operacional verificado no primeiro semestre deste ano”, admitindo que, ao longo do segundo semestre, “se continue a contar com a contribuição do progressivo aumento da maturidade das operações”.

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