Distribuição

APED esclarece posição no leite

Por a 1 de Julho de 2009 as 2:00

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No seguimento de tomadas de posição públicas da empresa Renoldy sobre a situação actual do mercado do leite e que envolviam a Associação Portuguesa de Empresa de Distribuição (APED), a entidade presidida por Luís Vicente Dias esclarece, em comunicado que, após a reunião realizada na Segunda-feira, dia 29 de Junho, com o ministro da Agricultura, secretário de Estado do Comércio e representantes da empresa Renoldy, teve oportunidade de explicar a sua visão da situação estrutural da fileira do leite em Portugal, onde da parte da procura, “existe uma forte e diversificada concorrência, enquanto do lado da oferta e pelo contrário, o grau de concentração é enorme existindo uma situação de quase monopólio por parte da Lactogal, que recolhe cerca de 80 % do leite no território continental”.

De acordo com a APED, a chegada da Renoldy, em 2004, foi encarada por todo o sector da Distribuição Moderna “como um factor positivo de aumento da oferta e da concorrência tendo sido desde o primeiro momento apoiada sem reservas pelas empresas de Distribuição”.

A “preocupação”, segundo alguns associados da APED (Sonae e JM), manifestou-se quando em 2007 a empresa Renoldy foi adquirida pela Lactogal, levantando, assim, “perigos potenciais” e “retrocesso” face ao que a aquisição iria provocar na “transparência do mercado e nas alterações das condições de compra de leite”, tendo apresentado essas mesmas razões à Autoridade da Concorrência (AdC).

“Essa preocupação foi confirmada”, diz a APED, “quando se conheceram as profundas alterações introduzidas na Renoldy, pela Lactogal”. Ou seja, “foi dispensado o ‘management’ e alterada profundamente a política comercial, nomeadamente através duma brutal subida dos preços, factos que conduziram à redução da sua carteira de clientes e de produtos comercializados”, salienta a APED, admitindo que seria “desejável que a AdC reabrisse o dossier Renoldy e “aproveitasse para estudar o grau de concentração do mercado do leite em Portugal e a eventual existência de abuso de posição dominante”.

Referindo que todas estas preocupações foram transmitidas na referida reunião da passada Segunda-feira, a APED refere que dela “nada de substancial resultou uma vez que, como aliás é natural, caberá às empresas pela via do diálogo e da negociação procurar encontrar as soluções mais adequadas e viáveis”.

Finalmente, a APED informou ainda Jaime Silva o ministro que nas duas principais empresas de distribuição suas filiadas “cerca de 80% do leite é proveniente de fornecedores portugueses através de uma multiplicidade de marcas e de diferentes preços para que os consumidores possam livremente escolher”, deixando a garantia que “todos os Estados Membros da União Económica têm o mesmo grau de exigência no que respeita às condições de produção e comercialização de leite pelo que independentemente da sua proveniência o leite vendido pelas empresas filiadas na APED respeita todos os requisitos de qualidade e segurança alimentar”.

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