Distribuição

Consumidores manterão os novos hábitos de consumo

Por a 8 de Junho de 2009 as 2:00

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Um recente estudo realizado pela IGD revela que três quartos dos consumidores que alteraram os seus hábitos de consumo devido à recessão económica manterão estes novos hábitos no futuro, mesmo depois das várias economias recuperarem. O estudo adianta ainda que está a surgir uma nova fidelidade por parte do consumidor à medida que os retalhistas e fabricantes entram na disputa intensa pelo valor.
Joanne Denny-Finch, CEO da IGD, refere que “à medida que os consumidores escrutinam cada cêntimo que gastam, realizam mais compras, desperdiçam menos, procuram mais promoções, planeiam melhor as refeições e gastam mais tempo a encontrar o melhor negócio”.

“Num mercado tão vibrante, no qual estão a surgir novos conceitos de fidelidade, os retalhistas e fabricantes estão a responder de forma muito rápida aos desafios apresentados pela crise económica”, refere a responsável. “Todos procuram oferecer valor e os mais eficazes estão a receber os prémios”.

O relatório da IGD destaca vários exemplos de conceitos vencedores, começando por referir que as marcas com fortes tradições possuem um considerável número de consumidores a seu favor, revelando 44% dos consumidores que a força maior das marcas reside precisamente no “sabor e qualidade”, enquanto 27% refere que prefere as marcas de fabricante porque “cresceram com eles”.

Por outro lado, os investimentos na qualidade e variedade das marcas próprias dos distribuidores está a dar frutos, adiantando o estudo que 66% dos consumidores assumiram que viram uma clara melhoria qualitativa nas marcas próprias nos últimos dois anos.

O estudo da IGD avança ainda que os consumidores estão a visitar cada vez mais os supermercados de discount (com destaque para o Aldi, Lidl e Netto). Como exemplo, a IGD refere que os discounts possuem um grande potencial de crescimento, concluindo que 23% dos consumidores admitem começar ou comprar mais vezes nas lojas, casos estas fiquem localizadas perto de casa ou do local de trabalho.

Para concluir, o estudo refere ainda que os 120 fabricantes de produtos alimentares ou bebidas consultados estão a responder de forma rápida e focada às alterações dos hábitos de consumo. 47% das empresas estão a colocar ênfase no preço e valor através de publicidade e comunicação, 47% está a focar-se na comunicação do valor da marca , 43% está a aumentar a actividade promocional, e 42% revelaram que mudaram o tamanho das embalagens, com o objectivo de ir ao encontro das novos tendências de consumo.

Joanne Denny-Finch concluiu que “quase um terço (31%) dos consumidores ainda são obrigados a alterarem os respectivos hábitos de compras caso a conjuntura piore. Por isso, ainda há espaço para mais transformações e alterações no futuro”.

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