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Supermercados britânicos acusados de participação na destruição da Amazónia

Por a 3 de Junho de 2009 as 2:00

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O jornal britânico The Guardian noticiou recentemente, após uma investigação de três anos aos produtores de gado brasileiros, que as cadeias de supermercado do Reino Unido estão a participar na destruição da floresta da Amazónia ao recorrer a carne de explorações responsáveis pela desflorestação ilegal.

A Greenpeace nomeia directamente cadeias como a Tesco, Sainsbury´s, Asda (pertencente à Wal-Mart), Morrisons e Marks&Spencer, entre outras que estarão a lucrar do fornecimento de produtos provenientes de explorações brasileiras responsáveis por desflorestar a selva Amazónica. De acordo com a organização ambientalista, os negócios incluem carne processada ou enlatada e refeições congeladas, sugerindo a Greenpeace que as cadeias devem recusar comprar produtos provenientes de explorações acusadas deste crime.

Mas não é só às cadeias que a Greenpeace quer chamar a atenção, solicitando a ajuda dos consumidores para que pressionem os supermercados a deixarem de realizar estes negócios. Segundo Sarah Shoraka da Greenpeace, “calçado, malas e refeições prontas não são normalmente associadas à destruição da floresta e alterações climáticas. As companhias britânicas estão a contribuir para a destruição da Amazónia ao comprar carne e couro de fornecedores brasileiros sem escrúpulos. Estes produtos, depois, acabam por chegar às prateleiras dos supermercados”.

A Tesco e Marks & Spencer já vieram negar estas acusações, revelando os responsáveis da Marks&Spencer ao diário britânicos que “não aceitamos e nunca utilizámos carne proveniente da região da Amazónia. Estamos a trabalhar com um fornecedor de carne brasileiro há mais de 20 anos e através dos processos de rastreabilidade que utilizamos podemos assegurar que todos os produtos que nos são fornecidos provém de locais específicos por nós identificados”.

A Sainsbury´s também já veio revelar que utiliza pouca carne brasileira, enquanto a Morrisons admitiu que os seus fornecedores têm de fornecer documentos que comprovem que a carne não provém de terras responsáveis pela desflorestação da Amazónia.

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