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Karstadt pede ajuda governamental

Por a 26 de Maio de 2009 as 2:00

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O grupo Arcandor aumentou recentemente a pressão sobre o Governo alemão, referindo os seus responsáveis em entrevista, durante o passado fim-de-semana, que sem a ajuda dos impostos dos contribuintes, será muito difícil a insígnia Karstadt sobreviver.

O grupo, que detém a insígnia de lojas Karstadt, além do catálogo Quelle e agência de viagem Thomas Cook, refere que precisa de 850 milhões de euros, admitindo que, se essa ajuda não for disponibilizada, cerca de 50.000 empregos ficarão em risco.

“Não existe nenhuma solução económica privada. Não existe alternativa à ajuda do Estado”, admitiu Karl-Gerhard Eick, CEO da Arcandor, ao jornal Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung.

O responsável repetiu o pedido de ajuda de 650 milhões de euros em empréstimo e mais 200 milhões de euros em crédito durante o fim-de-semana. “Sem estas garantias, temos de encontrar uma nova solução que poderá incluir a falência”, salientou Eick ao jornal Bild.

Entretanto, o CEO da Karstadr, Stefan Herzberg, disse ao mesmo jornal que “as vidas de mais de 50.000 trabalhadores poderão ser afectadas”, admitindo ainda que um pedido de falência “poderá ter um efeito nos fornecedores e, consequentemente, ser uma catástrofe para os locais de compra alemães”.

Até agora, a classe política alemã parece não estar preocupada com estas ameaças. O ministro da Economia alemão, Karl-Theodor zu Guttenberg, reagiu cautelosamente aos avisos dos responsáveis da Arcandor.

Um dos concorrentes da Arcandor, Tengelmann, já veio a público rejeitar o pedido de ajuda do grupo por fundos públicos. Numa entrevista à revista Wirtschaftswoche, o CEO da Tengelmann, Karl-Erivan Haub, disse que qualquer ajuda dada à Karstadr “seria uma bofetada para todas as companhias que fizeram bem o seu trabalho no passado”.

Entretanto, a Arcandor rejeitou as notícias que davam conta de possíveis negociações entre a Karstadt e Kaufhof, detido pelo grupo Metro.

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