Dia defende retirada de produtos que “não funcionam”
Depois da cadeia Mercadona, o Dia Supermercados em Espanha também defende a retirada de produtos que “não funcionam” para economizar custos.
O director geral da cadeia de supermercados Dia em Espanha, Ricardo Currás, defendeu que “não faz sentido” manter nas prateleiras dos estabelecimentos produtos que não funcionam, porque “rouba visibilidade ao cliente e representam custos desnecessários”, diz.
“Se um produto não funciona, temos que retirá-lo do linear rapidamente”, sublinhou Ricardo Currás, depois de assinalar que o sector da distribuição e fabricantes não podem manter “permanentemente discussões estéreis” num panorama de crise como o actual.
Em finais do ano passado, a rede de supermercados Mercadona iniciou um plano de optimização de custos que conduziu a uma profunda revisão de toda a gama e à retirada de 800 referências (400 marcas de fabricantes e o resto de marca própria), uma medida que gerou mal-estar entre alguns fornecedores.
O responsável examinou as consequências da crise e, no sector do grande consumo, refere-se à excessiva escalada dos preços em finais de 2007, que, um depois, começaram a cair ao mesmo ritmo que subiram, o que “está a provocar uma enorme desconfiança nos consumidores”.
Neste contexto, considera que a marca “perde força, é indistinguível e importa cada vez menos”, tanto que o peso da marca própria está a aumentar.
Para fazer frente à crise, a insígnia de formato discount do grupo Carrefour investe na baixa dos preços, “redobrando o esforço promocional e na modernização” dos seus estabelecimentos para ficarem mais perto do consumidor. Na sua opinião, a variável preço é “chave”, pelo que “quem não for capaz de se adaptar às necessidades do consumidor, tem um problema gravíssimo”.
Para celebrar o seu trigésimo aniversário, a insígnia vai lançar em Novembro uma acção de promoção.