Opinião

Touch Marketing Era

Por a 6 de Março de 2009 as 5:49

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Cada vez mais os consumidores não falam nas novas tecnologias – falam de enviar um e-mail a um amigo, fazer uma pesquisa num motor de busca, procurar uma loja num directório interactivo de um shopping.

Actualmente, é um lugar comum afirmar-se que a tecnologia alterou profundamente os nossos hábitos e a forma como percepcionávamos o mundo; as empresas, a natureza das trocas comerciais, as ferramentas de marketing, a comunicação, os sistemas de distribuição, de entretenimento, as formas e as dinâmicas de aprendizagem, a natureza dos governos e da forma de governar.
No entanto, estas mutações são encaradas de forma distinta: são muito naturalmente percepcionadas pela geração que está a crescer com estas ferramentas e se relaciona intimamente com elas; mas, ainda são olhadas com algumas reticências pelos gestores séniores, que já ocupavam os seus cargos de chefia e de gestão antes do advento das novas tecnologias.

Nesse sentido, a tecnologia é completamente transparente para os jovens de hoje. A este propósito, Idit Harel do MIT (Massachusetts Institute of Technology) argumenta que para os jovens é como usar um lápis. Os pais não falam do lápis, falam de escrever.

Os jovens não falam nas novas tecnologias – falam de enviar um e-mail a um amigo, fazer uma pesquisa num motor de busca, procurar uma loja num directório interactivo de um shopping ou interagir com uma montra transparente para procurar se a cor e tamanho da t’shirt está disponível.
Se há uma coisa que os membros das novas gerações percebem é que a Internet e a interactividade no geral não é “tecnologia”, é um novo meio de interacção. Que pode e deve ser potenciado pelas empresas para aumentar o grau de proximidade com os seus clientes.

Se analisarmos com atenção, facilmente percebemos que o conceito de relacionamento é profundamente alterado com essas realidades, ao ponto de obrigar a que o marketing se reconstrua de A a Z.

O relacionamento que uma empresa pode construir com os seus clientes está a conduzir à criação de interacções constantes e ao estabelecimento de relações personalizadas, interactivas e bidireccionais com os clientes.

As estratégias do marketing necessitam acompanhar as mudanças verificadas nos mercados, nos consumidores e rentabilizarem o mais possível os avanços tecnológicos, para que se possa continuar a afirmar como uma importante disciplina na ligação entre empresas e consumidores.

Com as novas possibilidades tecnológicas e com as evoluções constantes dos mercados, as estratégias dos profissionais de marketing que pretendam manter as suas empresas, os seus produtos e serviços competitivos, terão de efectuar as apostas certas, para que continuem com uma relação privilegiada com o consumidor.

Não é só as compras de computadores, jogos de vídeo e a alta tecnologia que os jovens influenciam. Exercendo a sua segurança educada digitalmente, eles começam a influenciar e dirigir o dinheiro dos seus pais para áreas tais como as compras mais genéricas. E esperam ser consultados acerca das compras maiores para a casa, tal como carros e aplicações.

Os profissionais de marketing do velho estilo não podem pois ignorar as novas ferramentas interactivas, nem o facto que de estarem a mudar a natureza do consumidor. Está preparado para a era do “Touch Marketing”?

Miguel Peixoto de Oliveira, CEO da EDIGMA.COM, SA

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