Unicer fornece 95% das cervejas portuguesas importadas por Angola

De acordo com os dados de 2008 do Instituto Nacional de Estatística (INE), a Unicer é a empresa portuguesa que mais cerveja exporta para Angola, detendo uma quota de mercado de 90% (em volume) e de 95% (em valor) no total de cervejas nacionais que chegam ao mercado angolano.

Anualmente, Angola recebe cerca de 140 milhões de litros de cerveja de origem portuguesa, dos quais 125 milhões de litros são da Unicer, no conjunto das marcas Super Bock, Cristal e Carlsberg.

De acordo com a empresa de Leça do Balio, “Cristal continua a assegurar a liderança no segmento das cervejas exportadas de Portugal para Angola, com o volume de vendas, em 2008, a ultrapassar os 62 milhões de litros”.

Angola tem registado, nos últimos anos, um forte crescimento no consumo de cerveja, representando o mercado de cervejas angolano cerca de 700 milhões de litros (volume idêntico ao mercado português), tendo mais do que duplicado se se considerar os poucos mais de 300 milhões de litros verificados em 2003.

Em comunicado, a Unicer refere que os volumes globais da empresa em Angola (categorias Cerveja, Águas e Sumos e Refrigerantes) denotaram “um crescimento próximo dos 12%, para atingir cerca de 148 milhões de litros”.

“Angola é, assim, um dos países mais importantes para a Unicer, pelo que a empresa aposta fortemente no envolvimento das suas marcas, principalmente de Super Bock, com as comunidades locais e os consumidores”.

Reflexo desta situação, foi o lançamento da mais recente campanha da Super Bock em território angolano, que é, também, a primeira grande produção publicitária em mercados além-fronteiras. Esta estreia publicitária, com o lema “Tchila a vida com Super Bock (tchilar = curtir)”, “associa a marca aos momentos de alegria, convívio e comemoração no dia-a-dia dos angolanos e vem concretizar o espírito internacional da marca e a adaptação às diferentes culturas, através da vertente emocional”, refere a Unicer em comunicado.

Ao longo de 2009, a Unicer vai continuar com o investimento gradual e rigoroso em Angola, e noutros mercados internacionais, considerando que “em Portugal se vive um momento de estagnação no mercado das bebidas”.