Feiras

A ginástica das feiras

Por a 19 de Fevereiro de 2009 as 2:00

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Não é novidade, a crise está a atingir todos os sectores e multiplicam-se os planos e estratégia para lidar da melhor forma com a situação. As feiras não fogem à regra, o número de expositores tem vindo a diminuir, o número de desistências à ultima da hora por falta de verbas aumenta e os visitantes escasseiam.

Os responsáveis das feiras tentam manter os clientes e oferecer mais-valias ao público. O Diário Económico sondou os organizadores de feiras para saber quais as medidas tomadas nesse sentido. João Águas, delegado da feira de Barcelona em Portugal, diz que o efeito pode ser minimizado subtraindo sectores mais fracos e vulneráveis à crise, lançar novas feiras e sectores inovadores, que respondem melhor às necessidades do mercado.

Nuno Almeida, delegado da feira madrilena IFEMA, explicou que estão a “trabalhar novos nichos de mercado e novas feiras”, assim como na realização de certames em mercados emergentes.

Diminuir o tamanho das feiras, assim como a sua duração (fazendo com que os expositores estrangeiros poupem no alojamento), têm sido outras medidas em que as organizações apostam.

Quanto aos expositores que desistem em cima da hora, número que tem crescido exponencialmente, as feiras têm optado por “fazer uma compensação económica, dando mais espaço pelo mesmo preço, ou mesmo aceitando que os expositores paguem apenas metade do espaço, ficando a outra metade do pagamento a nosso cargo”, explica João Águas ao DE.

Em algumas feiras começam a aparecer as chamadas “low cost” ou “easy fair”, em que os stands são todos iguais e mais simples, sendo também caracterizadas pelos espaços neutros e menos acções paralelas. Mudar o calendário das exposições, de forma a que certames de sectores correlacionados estejam próximos uns dos outros também tem sido feito.

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