Vendas JM crescem 28,7% para 6,9 mil milhões

O grupo Jerónimo Martins (JM) registou, em 2008, vendas líquidas no valor de 6,887 mil milhões de euros, correspondendo a um crescimento de 28,7% face ao exercício de 2007, ano em que as receitas ascenderam a 5,35 mil milhões de euros, informa a companhia em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Os resultados preliminares da JM revelam que as operações de retalho em Portugal registaram, no exercício transacto, um crescimento das vendas totais de 19,2% em relação a 2007, graças ao aumento like-for-like das vendas (+6%) e ao plano de expansão implementado, totalizando vendas de 2,503 mil milhões de euros.

Em terras lusas, a companhia destaca a “bem sucedida estratégia” do Pingo Doce que assentou na concretização de um plano forte de crescimento orgânico, de que resultou a abertura de 17 novas lojas, bem como a integração de 77 ex-lojas Plus, que contribuiu com 131 milhões de euros para as vendas totais da insígnia, e a adaptação para o seu modelo de negócio das lojas mini-hiper do Feira Nova.

Já na Polónia, a Biedronka conseguiu um crescimento anual de 37,2% (em moeda local) em resultado do elevado crescimento like-for-like (+20,1%) e do aumento continuado da área de venda, totalizando receitas no valor de 3,520 mil milhões de euros.

A companhia prosseguiu, em 2008, o cumprimento do seu programa de expansão polaco, terminando o ano com 1.359 unidades. Além da já referida integração de 205 ex-lojas Plus, a qual contribuiu com 106 milhões de euros para as vendas totais da insígnia, a Biedronka abriu 154 novas lojas.

Alexandre Soares dos Santos, presidente de Jerónimo Martins, refere no comunicado que acompanha a divulgação destes resultados preliminares que “o desempenho do grupo em 2008 permitiu-nos atingir os ambiciosos níveis de crescimento like-for-like definidos para os nossos principais modelos de retalho, que nos permitem antecipar uma evolução também positiva de geração de cash flow operacional, bem como cumprir o agressivo plano de expansão e de integração de lojas.”

Quanto ao 4.º trimestre, as vendas consolidadas do grupo atingiram os 1,861 mil milhões de euros, um crescimento de 20,7% (+22,9% excluindo o efeito cambial) em relação ao mesmo período de 2007, salientando a JM que “este elevado crescimento foi conseguido num período marcado pelo significativo abrandamento da inflação alimentar, tanto em Portugal como na Polónia, isto quando tinha sido precisamente no 4.º trimestre de 2007 que a inflação alimentar registara uma maior aceleração.”

A Jerónimo Martins refere ainda que, em ambas as geografias, “as vendas referentes ao período do Natal cumpriram, também, as expectativas definidas”.

Em termos de parque de lojas, a Jerónimo Martins terminou 2008 com 1.752 lojas (+403 unidades), com a maioria a ficar localizada na Polónia (1.359 unidades Biedronka), contra 393 em Portugal (334 Pingo Doce, 9 Feira Nova, 35 Recheiros e 15 lojas na Madeira).

Quanto à área de venda, a JM incrementou mais de 300.000 m2 (+29,5%), aumentando em Portugal cerca de 83.000 m2, enquanto na Polónia esse aumento ficou próximo dos 220.000 m2.

Para 2009, o presidente do grupo prevê que “apesar de todas as incertezas relativamente ao comportamento do consumo, estamos convictos de que gerimos modelos de negócio muito competitivos e preparados para vencer os desafios que se nos deparam”.

Alexandre Soares dos Santos conclui: “conseguiremos superar as dificuldades se continuarmos a saber ler a realidade do mercado e a desenhar as estratégias mais acertadas, sempre focadas na busca da máxima satisfação do consumidor”.