Não Alimentar

Números positivos só no consumo

Por a 19 de Dezembro de 2008 as 2:00

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Os últimos indicadores conhecidos a respeito das encomendas à indústria, preços na produção e vendas a retalho nos EUA apresentam comportamento negativo, em linha com a situação de crise vivida em todo o globo. Só a confiança dos consumidores continua, inesperadamente, em alta.

Assim, de acordo com o Departamento de Comércio daquele país, as encomendas às fábricas caíram 5,1% em Outubro, em termos mensais, superando os 4% previstos pelos analistas. Este recuo é o terceiro consecutivo, e não era tão expressivo desde Julho de 2000. Considerando apenas os bens duradouros, as encomendas decresceram 5%. Em Setembro, as encomendas totais tinham diminuído 3,1%.

Pelo quarto mês consecutivo estão também em queda os preços na produção industrial. Em Novembro, diminuíram 2,2% em termos mensais, mesmo assim melhorando face aos 2,8% apurados em Outubro. As piores expectativas foram aqui igualmente ultrapassadas, pois limitavam-se a 2%.

No retalho, a variação negativa de Novembro adquire maior expressão em termos homólogos, cenário em que as vendas perdem 7,4%. Em termos mensais, a evolução limita-se a -1,8%, repetindo o cenário de melhoria em comparação com o mês anterior, altura em que se vendeu -2,9%. Se não for considerado o sector automóvel, avança o Departamento do Comércio, o crescimento homólogo é de -2,9% e o crescimento mensal de -1,6%.

Apenas os números da Universidade do Michigan permitem olhar com algum optimismo para a situação económica. Os investigadores concluem que a baixa do preço dos combustíveis, a contenção da inflação e os descontos no ponto de venda (retalho) foram conjugadamente responsáveis por uma evolução positiva do índice de confiança dos consumidores, de 55,3 pontos em Novembro para 59,1 em Dezembro.

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