Distribuição

Espanha: Mais de 50% das marcas brancas não cumpre normas de etiquetas

Por a 15 de Dezembro de 2008 as 2:00

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Cerca de 55% dos produtos alimentares de marca branca pertencentes a oito retalhistas diferentes – Carrefour, Alcampo, Eroski, El Corte Inglés, Consum, Dia, Mercadona e Lidl – não cumpre a normativa espanhola vigente relativamente às etiquetas, revelando a União de Consumidores de Espanha (UCE), pela voz do seu presidente, José Maria Roncero, que, “apesar de não constituírem incorrecções graves, induzem o consumidor em erro”.

Durante a apresentação de um relatório da UCE sobre a etiquetagem das marcas brancas, Roncero revelou que as principais incorrecções foram detectadas nos refrigerantes de chá e bebidas isotónicas – onde todos os produtos analisados apresentaram 100% de incorrecções – seguidos das conservas de pescado, bolachas e leite enriquecido. Do lado oposto, os produtos com melhor etiquetagem são o café, patés e arroz.

Por insígnias, o Lidl registou o maior número de incorrecções (77%), seguido do Carrefour, Alcampo e Dia (64%), El Corte Inglés (46%), Eroski, Consum e Mercadona (43%).

Quanto ao tipo de incorrecções, o relatório da UCE denuncia que os dados de carácter obrigatório são relegados para segundo plano, aparecendo em primeiro plano o conteúd comercial do produto, o que implica que o consumidor deve “fazer um esforço para localizar a informação”.

Assim, as principais incorrecções estão relacionadas com a falta de inscrições obrigatórias, como os dados completos do fabricante, especificação das condições de conservação, indicações quantitativas de ingredientes destacados, indicação da data de validade e denominação de venda incorrecta.

Roncero insistiu ainda na importância do cumprimento da legislação vigente, já que o consumidor “tem direito a essa informação”. Em sua opinião, embora a compra de produtos de marca branca “pode significar uma poupança até 30% na cesta de compra”, um preço mais baixo “não justifica o incumprimento das normas”.

O responsável da UCE apelou aos consumidores para que aumentem “a sua cultura de leitura das etiquetas”, revelando que, em 2009, a entidade realizará um estudo semelhante para as marcas de fabricante.

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